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Butantan cria vacina e soro contra Covid e pede à Anvisa para fazer testes clínicos

Anvisa já autorizou testes clínicos para soro que ameniza sintomas da doença e contém avanço da infecção para risco de morte. Hoje, Butatan pede para iniciar testes da vacina

Publicado: 26 Março, 2021 - 09h52 | Última modificação: 26 Março, 2021 - 12h56

Escrito por: Redação CUT

Reprodução
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O Instituto Butantan desenvolveu uma nova vacina e um soro contra o novo coronavírus (Covid-19). O instituto já tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes clínicos da pesquisa do soro em humanos e, nesta sexta-feira (26) vai pedir autorização para iniciar ensaios clínicos da vacina.

Nos testes feitos em animais, o soro hiperimune  amenizou sintomas do novo coronavírus e conteve o avanço da infecção para risco de morte. O teste em humanos, já aprovado pela Anvisa, é uma etapa chave para que o Instituto possa avançar no desenvolvimento do medicamento e, posteriormente, solicitar seu registro junto à Agência, condição necessária para que ele seja usado no mercado.

De acordo com a Folha de S Paulo, a vacina contra Covid-19 do Butantan se chama ButanVac e foi desenvolvida pelos profissionais do instituto, que lidera um consórcio internacional. O Butantan é o principal produtor e, se a vacina funcionar, o Instituto tem capacidade total de fornecimento de 85% da vacina.

O diretor do Butantan, Dimas Covas, disse à Folha ser possível encerrar todos os testes da vacina e ter 40 milhões de doses prontas antes do fim do ano. Nesta manhã, ele disse que é possível ter os ensaios prontos em apenas três meses.

“É uma segunda geração de vacina contra a Covid-19, pode haver uma análise mais rápida”, afirmou Covas ao jornal.

Em coletiva à imprensa realizada nesta sexta-feira (26), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que serão recrutados 1.800 voluntários que não estão inclusos no cronograma do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde para os testes das fases 1 e 2, que avalia a segurança e a capacidade da ButanVac promover resposta imune.  

Na fase 3, com até 9.000 pessoas, é estipulada a eficácia da vacina.

A expectativa é que, com o aval da agência reguladora, os testes possam ser iniciados em abril.

A tecnologia usada para criação da vacina Butanvac já utilizada pelo Instituto Butantan para fabricar a vacina anual contra a gripe, a partir de vírus inativado de uma gripe aviária como vetor para transportar para o corpo do paciente a proteína S integral do SARS-CoV-2.

Com informações sobre o soro da Agência Brasil