CA da Petrobrás aprova retomada de obras para ampliação da Refinaria Abreu e Lima
Expectativa é que unidade esteja em operação em 2027
Publicado: 05 Julho, 2023 - 18h27 | Última modificação: 20 Julho, 2023 - 14h30
Escrito por: Redação CUT com informações da FUP
O Conselho de Administração da Petrobrás (CA) aprovou por unanimidade a retomada da construção do trem 2 da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, durante a última reunião, em 28 de junho,
As obras estavam paradas desde 2015 e serão mais uma frente de desenvolvimento para o país retomada durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A previsão é que os trabalhos recomecem em 2024 e que a unidade entre em operação em 2027, período previsto para o término da construção
Com a decisão a Petrobrás, a companhia ampliará a oferta de derivados e trará impulso à indústria de óleo, do gás e à economia regional e nacional.
Segundo a estatal, a decisão passou por criteriosa reavaliação do Projeto Rnest e a obra se mostrou economicamente atrativa, com base nas premissas do Plano Estratégico 2023-2027.
O principal objetivo da empresa a partir com a conclusão da planta é expandir a capacidade de refino e atender a demanda do mercado interno por derivados de petróleo. Quando o trem 2 estiver pronto, a capacidade de produção nacional deve aumentar em cerca de 13 milhões de litros de diesel S-10 por dia.
A Rnest foi a última unidade de refino entregue pela Petrobrás e entrou em funcionamento no final de 2014. A construção foi interrompida poucos meses depois por conta da paralisação das obras em decorrência da Operação Lava Jato, que apontou indícios de superfaturamento na construção.
A refinaria é considerada a mais moderna do Brasil, está conectada ao sistema logístico nacional e desempenha um papel estratégico no desenvolvimento do Nordeste do país.
Em nota, a representante dos trabalhadores no CA, Rosângela Buzanelli, destaca que “implantar a Rnest com toda capacidade de produção, 260 mil barris por dia, é essencial, mas é preciso avançar mais e resgatar o projeto original do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), mutilado pela gestão bolsonarista, rever os “TCCs” (termos de compromisso de cessação) com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) nas áreas de refino e gás, e reavaliar as vendas de ativos importantes como Rlam, Reman, SIX, TAG, NTS, BR, Albacora Leste e tantos outros.”