Escrito por: CUT-RS
O texto aprovado também estabelece aumento de 39% ao vice-prefeito e vereadores, cujos subsídios passarão de R$ 17,4 mil para R$ 23,4 mil, igualmente a partir de 1º de janeiro de 2025
Por dois votos de diferença, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou, no início da noite desta quarta-feira (12), o projeto de lei 195/23, que estabelece aumento vergonhoso de 63% para o salário do prefeito, que passará dos atuais R$ 21,4 mil para R$ 34,9 mil a partir de 1º de janeiro de 2025, sendo o quarto maior entre as capitais dos estados.
A iniciativa foi da Mesa Diretora da Câmara. O placar foi de 18 votos favoráveis contra 16 votos contrários. Votaram a favor a maioria dos vereadores aliados do prefeito bolsonarista Sebastião Melo (MDB), que já está em campanha escancarada pela reeleição.
O texto aprovado também estabelece aumento de 39% ao vice-prefeito e vereadores, cujos subsídios passarão de R$ 17,4 mil para R$ 23,4 mil, igualmente a partir de 1º de janeiro de 2025.
Além disso, o projeto também prevê aumento de 39% para os secretários municipais, cujo salários passarão de R$ 14,2 mil para R$ 19,9 mil já a partir da data de publicação da lei.
Enquanto isso, servidores municipais, que garantem a prestação dos serviços públicos da cidade, acumulam perdas de 30,25% e lutam para que a prefeitura pague agora 11,25% nos salários.
No entanto, Melo oferece apenas 5,79% de reajuste, ainda com pagamento em três parcelas, a primeira de 2,5% retroativa a maio.
Para o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, "a farra de aumentos para prefeito, vice, vereadores e secretários municipais e o arrocho salarial dos municipários comprovam que a gestão bolsonarista do Melo não tem qualquer compromisso com a valorização dos servidores e das servidoras e a melhoria do atendimento da população, que sofre com a precarização e a terceirização dos serviços públicos, como a atenção básica de saúde".
"Além disso, o Melo, que está acabando com os cobradores nos ônibus, aumentando o desemprego da categoria, quer ainda privatizar o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), que garante água pública de qualidade e barata para o povo de Porto Alegre, na contramão de grandes cidades de outros países, como Paris e Berlim, que reestatizaram os serviços de saneamento", afirma o dirigente sindical.
Foram favoráveis ao aumento
Airto Ferronato (PSB)
Alexandre Bobadra (PL)
Alvoni Medina (Republicanos)
Cláudia Araújo (PSD)
Comandante Nádia (PP)
Conselheiro Marcelo (PSDB)
Fernanda Barth (Podemos)
Gilson Padeiro (PSDB)
Idenir Cecchim (MDB)
José Freitas (Republicanos)
Lourdes Sprenger (MDB)
Moisés Maluco do Bem (PSDB)
Márcio Bins Ely (PDT)
Mônica Leal (PP)
Nereu d’Avila (PL)
Pablo Melo (MDB)
Paulo Brum (Podemos)
Psicóloga Tanise Sabino (PTB)
Foram contrários ao aumento
Aldacir Oliboni (PT)
Biga Pereira (PCdoB)
Cássia Carpes (PP)
Claudio Janta (SD)
Engenheiro Comassetto (PT)
Fran Rodrigues (PSOL)
Giovani Culau e Coletivo (PCdoB)
Jessé Sangalli (Cidadania)
Jonas Reis (PT)
Marcelo Sgarbossa
Mari Pimentel (Novo)
Pedro Ruas (PSOL)
Professor Alex Fraga (PSOL)
Ramiro Rosário (PSDB)
Roberto Robaina (PSOL)
Tiago Albrecht (Novo)