Escrito por: CUT/RJ

Camelô não é ladrão. Camelô...

Manifestação no RJ exige que trabalhadores ambulantes recuperem o direito ao trabalho



Centenas de camelôs participaram nesta quinta-feira (29) de uma passeata, da Candelária à Cinelândia, reivindicando o direito ao trabalho e à sobrevivência.

"É preciso acabar com esta covardia praticada contra pessoas que querem e precisam trabalhar. É impossível que o prefeito não veja que este é um problema social. Apreender mercadorias, prender camelôs arbitrariamente e usar a violência da Guarda Municipal são ações intoleráveis. Nós não vamos mais deixar as ruas, vamos ampliar a mobilização até que os trabalhadores ambulantes recuperem o direito ao trabalho. Camelô não é bandido, camelô é trabalhador " disse o vice-presidente da CUT-RJ, Darby Igayara, um dos organizadores do evento.

A manifestção foi organizada pelo Muca (Movimento Unido dos Camelôs) e pela CUT-RJ.Várias faixas foram estampadas pelos camelôs, entre as quais se destacavam as que diziam "Uma outra ordem é possível", " Camelô não é bandido, camelô é trabalhador", Chega de discriminação contra o camelô" e "Eduardo Caos". A coordenadora do Muca, Maria de Lourdes, já na Cinelândia, falou da importância de cada camelô se comprometer em ajudar na mobilização e lembrou que, de agora em diante, os camelôs ocuparão as ruas de forma permanente até que suas reivindicações sejam atendidas.

Vários camelôs também discursaram, sempre deunciando o "choque de ordem" do prefeito como uma ação discriminatória contra os trabalhadores do comércio informal. Um documento reivindicando o direito ao trabalho e denunciando a violência sofrida pelos camelôs do Rio de Janeiro foi entregue ao vereador Adilson Pires (PT), líder da bancada do governo na Câmara.

O vereador defendeu o diálogo como a única saída para o problema. Ele prometeu encaminhar o pleito dos camelôs ao secretário da Ordem Pública, Rodrigo Bettlen. "Embora o Câmara ainda esteja em recesso, já na próxima segunda-feira vamos ter uma reunião de vereadores aqui na Casa, quando pretendo pautar a discussão sobre o problema dos camelôs", se comprometeu o líder do prefeito no Legislativo do município.