Escrito por: SindSaúde ABC - Maria Helena Domingues

Câmeras são retiradas de vestiário do HC de São Bernardo, após pressão sindical

Luta do SindSaúde ABC agora é para obter indenização por danos morais

Divulgação SindSaúde ABC
Sindicato recebeu denúncias e consegui coibir desrespeito aos trabalhadores e trabalhadoras


Após pressão do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Saúde do ABC (SindSaúde ABC), a prefeitura de São Bernardo retirou nessa terça-feira (12) as câmeras instaladas nos vestiários feminino e masculino dos funcionários e funcionárias do Hospital de Clínicas Municipal de São Bernardo do Campo (SP).

A determinação foi dada pela Justiça de São Bernardo, que acatou ação civil pública movida pelo SindSaúde ABC. A decisão foi divulgada na tarde de terça, um dia após a entidade ingressar com a ação e impôs cinco dias para a retirada das câmeras. Porém, a ordem foi cumprida no dia seguinte.

Por volta de meio-dia do dia 12 de julho, o presidente do sindicato, Almir Mizito, foi até o Hospital de Clínicas, no bairro Alvarenga, para constatar a desinstalação dos equipamentos de vigilância.

“Realmente não estão mais lá; essa parte está resolvida”, disse. Ele aproveitou para orientar os trabalhadores(as) da categoria a continuarem denunciando para o Sindicato casos como esse: “Só assim podemos tomar as providências cabíveis”, disse.

Indenização – No entanto, esse episódio lamentável ainda não terminou. “Na ação também estamos pedindo indenização por danos morais individuais e coletivos e esse será nosso assunto na audiência de conciliação marcada para o dia 16 de outubro”, informou Mizito.

Entenda o caso – O Sindicato foi procurado semana passada por trabalhadores(as) do hospital, que denunciaram a presença das câmeras nos vestiários. Também chegaram à entidade fotos e vídeos que comprovam as denúncias.

Indignado, o presidente do Sindicato orientou o Departamento Jurídico da entidade a entrar com a ação civil pública. “Trata-se de uma descarada invasão de privacidade, direito fundamental que está em lei e precisa ser respeitado, mas a Fundação e a Prefeitura de São Bernardo acham que têm o direito de violar a intimidade dos seus funcionários, fazendo um verdadeiro big brother nos vestiários”, afirmou.