Escrito por: CNTTL

Caminhoneiros fazem paralisação no Rio Grande do Sul

A paralisação continuará até que o Governo Bolsonaro atenda à pauta de reivindicações da categoria.

BR 251 parada com a greve dos caminhoneiros perto de Montes Claros, MG

Caminhoneiros autônomos de Ijuí, cidade localizada no Rio Grande do Sul, pararam nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, a BR 285 que liga o Mercosul ao BR 342 Porto de Rio Grande. Esses dois entrocamentos são os dois maiores do estado do Rio Grande do Sul. Eles transportam peças, papel e demais produtos de exportação da indústria brasileira para Argentina e Chile.

Até o momento (13h02), a paralisação e os protestos dos caminhoneiros atingem os estados de São Paulo (Votorantim), Paraná (Castro), Bahia (Vitória da Conquista e Itatin), Rio Grande do Sul (Ijuí), Natal (Mossoró), Minas Gerais (Montes Claros), Paraíba (Campina Grande) e em outras localidades.

"Aqui em Ijuí não exite nenhuma movimentação nesse trecho. Não basta estar em casa, temos que ocupar a rodovia. A causa é nobre. É muita promessa, pouca efetividade e pouca ação. Nossa luta é uma questão de sobrevivência! Precisamos dar um basta. Estamos parados aqui pelo Piso Mínimo de Frete, pela Aposentadoria aos 25 anos e por uma série de medidas que o governo não tomou e não pretende tomar. O Governo não está preocupado com a categoria. Para que sobrevivamos, todos temos que ocupar esses espaços", disse o porta-voz da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), o caminhoneiro autônomo, Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente do Sinditac (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga) de Ijuí-RS, e vice-presidente da CGTB.

A paralisação continuará até que o Governo Bolsonaro atenda à pauta de reivindicações da categoria.

Orientações da paralisação

Segundo informações preliminares, a orientação geral de adesão à paralisação é para que os caminhoneiros “parem em casa”.

Em comunicado enviado à categoria e às autoridades na última sexta-feira (29), os motoristas, caminhoneiros e carreteiros que estejam em trânsito, assim como as lideranças e colaboradores que estejam em apoio na pista, nos pátios, nos pontos de parada e nos piquetes de informação são orientados a seguir integralmente e sem ressalvas as normas de saúde pública de prevenção ao contágio do coronavírus (Covid-19) expedidas pela OMS, pelo Ministério da Saúde e pelas Secretarias Estaduais e municipais de Saúde no âmbito de suas respectivas circunscrições, mantendo o distanciamento social, o uso de máscara, assepsia com álcool gel.

A CNTTL representa 800 mil caminhoneiros autônomos e celetistas no país e apoia o movimento grevista.