Campanha contra anexação da Cisjordânia por Israel realiza ato virtual neste sábado
Manifesto em defesa dos direitos do povo palestino tem mais de 300 assinaturas, entre elas, as de Lula, Dilma, Mujica, Chico Buarque e Caetano Veloso
Publicado: 03 Julho, 2020 - 12h12 | Última modificação: 03 Julho, 2020 - 12h20
Escrito por: Redação CUT
O Boicote, Desinvestimento, Sanções (BDS/Brasil), movimento que luta pela liberdade, justiça e igualdade, realiza neste sábado (04), a partir das 10h, um ato virtual, por meio da plataforma Zoom, em solidariedade à luta do povo palestino contra a anexação de parte da Cisjordânia por Israel. O movimento é articulado por representantes na África, Ásia e América Latina a partir de uma iniciativa da sociedade civil sul-africana
Na quinta-feira (2), lideranças do movimentou divulgaram um manifesto com assinatura de mais de 300 figuras públicas latino-americanas. .Entre os signatários estão o ganhador do Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel (Argentina); os ex-presidentes brasileiros Lula e Dilma Rousseff, o uruguaio Pepa Mujica, o paraguaio Fernando Lugo, o equatoriano Rafael Correa e o colombiano Ernesto Samper; e artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso; além de representantes de entidades sindicais, como o presidente Nacional da CUT, Sérgio Nobre.
Intitulado “Contra o Roubo do Século de Trump e Netanyahu – Sanções ao Apartheid Israelense”, o manifesto condena veementemente os planos do governo de Israel, que havia anunciado o plano de anexação de áreas da Cisjordânia a partir de quarta (1º), mas recuou por causa da forte pressão internacional e adiou o projeto.
Benjamin "Bibi" Netanyahu, primeiro-ministro de Israel desde 2009, anunciou em janeiro deste ano as linhas gerais da anexação das áreas quando participou do anúncio de um plano de paz entre Israel e a Palestina, na Casa Branca, ao lado do presidente norte-americano Donald Trump. Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, mapas mostrados naquela ocasião apontavam a intenção de Israel de tomar cerca de 30% da Cisjordânia. Os palestinos teriam direito a faixas de território separadas, que seriam conectadas por estradas e túneis.
Mais de 170 movimentos, organizações, coletivos, sindicatos e partidos políticos de países como México, Peru e Colômbia endossam o texto. No Brasil, o manifesto tem também a assinatura de parlamentares do PT, PSOL, PCdoB, PSB e PDT e 45 professores universitários.
Confira aqui íntegra do manifesto e a lista com seus signatários.