Escrito por: Redação CUT
Manifesto em defesa dos direitos do povo palestino tem mais de 300 assinaturas, entre elas, as de Lula, Dilma, Mujica, Chico Buarque e Caetano Veloso
O Boicote, Desinvestimento, Sanções (BDS/Brasil), movimento que luta pela liberdade, justiça e igualdade, realiza neste sábado (04), a partir das 10h, um ato virtual, por meio da plataforma Zoom, em solidariedade à luta do povo palestino contra a anexação de parte da Cisjordânia por Israel. O movimento é articulado por representantes na África, Ásia e América Latina a partir de uma iniciativa da sociedade civil sul-africana
Na quinta-feira (2), lideranças do movimentou divulgaram um manifesto com assinatura de mais de 300 figuras públicas latino-americanas. .Entre os signatários estão o ganhador do Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel (Argentina); os ex-presidentes brasileiros Lula e Dilma Rousseff, o uruguaio Pepa Mujica, o paraguaio Fernando Lugo, o equatoriano Rafael Correa e o colombiano Ernesto Samper; e artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso; além de representantes de entidades sindicais, como o presidente Nacional da CUT, Sérgio Nobre.
Intitulado “Contra o Roubo do Século de Trump e Netanyahu – Sanções ao Apartheid Israelense”, o manifesto condena veementemente os planos do governo de Israel, que havia anunciado o plano de anexação de áreas da Cisjordânia a partir de quarta (1º), mas recuou por causa da forte pressão internacional e adiou o projeto.
Benjamin "Bibi" Netanyahu, primeiro-ministro de Israel desde 2009, anunciou em janeiro deste ano as linhas gerais da anexação das áreas quando participou do anúncio de um plano de paz entre Israel e a Palestina, na Casa Branca, ao lado do presidente norte-americano Donald Trump. Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, mapas mostrados naquela ocasião apontavam a intenção de Israel de tomar cerca de 30% da Cisjordânia. Os palestinos teriam direito a faixas de território separadas, que seriam conectadas por estradas e túneis.
Mais de 170 movimentos, organizações, coletivos, sindicatos e partidos políticos de países como México, Peru e Colômbia endossam o texto. No Brasil, o manifesto tem também a assinatura de parlamentares do PT, PSOL, PCdoB, PSB e PDT e 45 professores universitários.
Confira aqui íntegra do manifesto e a lista com seus signatários.