Escrito por: Redação CUT
A Secretária-Geral do Partido dos Trabalhadores da Argélia foi presa injustamente no dia 9 de maio
A campanha internacional pela libertação da Secretária-Geral do Partido dos Trabalhadores da Argélia, Louisa Hanune, ganhou dois importantes apoios esta semana: do ex-presidente Lula, do deputado Federal Vicentinho (PT-SP) e do líder do PT Paulo Pimenta (RS).
O ex-presidente Lula, também preso injustamente desde 7 de abril do ano passado, escreveu um bilhete falando que conhece a trajetória de Louisa e, por isso, não tem dúvidas em “se associar aos milhares de cidadãos que lutam pela sua imediata liberação”. A trajetória a que Lula se refere tem um currículo com três candidaturas a presidência da República e cinco mandatos como deputada.
Louisa, que foi presa arbitrariamente no dia 9 de maio por decisão do tribunal militar argelino, é acusada de “conspiração para prejudicar a autoridade de um comandante militar” e de “conspiração para mudar o regime”.
O Partido dos Trabalhadores brasileiro afirmou em nota que as acusações são absurdas e feitas em meio a extraordinária mobilização popular neste país muçulmano, onde, todas as sextas-feiras desde 22 de fevereiro, milhões de homens e mulheres tomam as praças e ruas (terça-feira é o dia das passeatas estudantis), com a bandeira de “fora o regime”.
“A relação com a brutalidade contra a Luisa é evidente!”, diz nota de solidariedade da Comissão Executiva Nacional do PT.
À CUT, que pediu a libertação imediata e incondicional da companheira detida por suas posições políticas, em nota divulgada no dia 10 de maio, a Lula e ao PT que também prestaram solidariedade e exigiram a soltura de Louise, juntou-se o deputado federal Vicentinho, que fez um pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados, lembrando que Louise foi a primeira mulher candidata a presidenta na Argélia, manifestando solidariedade e protestando contra sua prisão.
No pronunciamento, Vicentinho informou que o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, enviou ofício ao embaixador da Argélia no Brasil e que uma comissão de deputados deve ir à embaixada da Argélia em Brasília na semana que vem.
Dezenas de dirigentes sindicais e dos movimentos populares, entidades sindicais e partidos, como PCdoB e PSOL, também já tomaram posição no Brasil no sentido de exigir a libertação de Louise.
A campanha de apoio e solidariedade a Louise continua e mais tomadas de posição neste sentido podem ser enviadas para o –email da Secretaria de Relações Internacionais da CUT - sri@cut.org.br