Escrito por: Redação CUT
Levantamento feito até a última quinta (24), mostra que, em 905 dias de governo, Bolsonaro deu 3.326 declaraçõs falsas ou distorcidas por dia, mais de 3,6 por dia
Desde que assumiu a presidência da República, em 1º de janeiro de 2019, até quinta-feira (24), portanto com 905 dias de governo, Jair Bolsonaro (ex-PSL), mentiu ou deu declarações distorcidas 3.326 vezes, o que dá uma média de mais de 3,6 fakes news por dia.
O levantamento, atualizado periodicamente, foi feito pelo Aos Fatos, site jornalístico independente de verificação de fatos, criado em julho de 2015 com o objetivo de verificar o que é falso e o que é real em discursos políticos.
De acordo com o site, a mentira mais repetida por Bolsonaro, pelo menos depois que passou a ser cobrando pela falta de ação ou pela omissão no combate à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 510 mil brasileiros, é a de que não faz nada porque está impedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, ao governo federal está permitido apenas enviar recursos. Ele repetiu essa mentira 88 vezes.
A verdade é que o STF decidiu apenas que os governadores e prefeitos têm legitimidade para decretar lockdown ou outras medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a disseminação do vírus. Bolsonaro é contra porque acha que tem de privilegiar a questão econômica e não as vidas, ou seja, está mais preocupado com a morte dos CNPJs do que com a dos CPFs.
O STF, inclusive, divulgou nota para desmentir o presidente.
“Na verdade, o Plenário decidiu, no início da pandemia, em 2020, que União, estados, Distrito Federal e municípios têm competência concorrente na área da saúde pública para realizar ações de mitigação dos impactos do novo coronavírus. Esse entendimento foi reafirmado pelos ministros do STF em diversas ocasiões", diz a nota.
O nosso governo está completando dois anos e meio sem uma acusação sequer de corrupção, diferentemente de governo anteriores.- BolsonaroA segunda mentira mais repetida (68 vezes) é a de que no governo atual não tem corrupção. Bolsonaro disse isso mesmo após o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles ter sido acusado pela Polícia Federal de crime de facilitação de madeira extraída ilegalmente e responder a duas ações no STF. E também, quando o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), então vice-líder do governo no Senado, foi flagrado pela Polícia Federal com R$ 30 mil dentro da cueca.
Ele ainda não falou que não tem corrupção no seu governo depois que explodiu a denúncia de superfaturamento de 1000% na compra da vacina indiana Covaxin, caso que está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MP) e pela CPI da Covid do Senado. A última declaração mentirosa sobre o tema foi dada no dia 10 de junho.
Desde o começo, eu disse que tinham dos dois problemas: o vírus e o desemprego.- BolsonaroA terceira declaração distorcida mais repetida por Bolsonaro também está relacionada à pandemia. Ele falou 64 vezes contra o lockdown que, segundo o presidente é o "caminho do fracasso" para economia brasileira. Disse também que o isolamento social é “conversinha mole”, coisa para “os fracos” e que só idosos e pessoas com comorbidadeds deveriam ficar em casa .
“Lockdown não resolveu o ano passado, vai resolver este ano? Agora, como é que fica a economia?”, perguntou Bolsonaro a apoiadores na porta do Palácio do Planalto, em fevereiro deste ano, mês em que morreram 30.484 e que acumulou 255.018 vidas perdidas desde o início da pandemia.
Ele só não disse que, países que decretraram medidas mais rígidas e fecharam tudo, priorizaram a vacina e os testes, venceram o vírus e a economia está se recuperando rapidamente.
Em toda a pandemia, o governo de Jair Bolsonaro não apresentou uma política sequer de geração de emprego e renda nem de auxílio aos brasileiros mais vulneráreis.
O auxílio emergencial foi aprovado pelo Congresso Nacional. Quando viu que não teria como barrar a aprovação, ele sugeriu um valor de R$ 200 por mês. O Congresso aprovou um valor de R$ 600 que ele baixou duas vezes até chegar nos atuais R$ 150, R$ 250 e R$ 375 a depender da composição famíliar.
Bolsonaro também mentiu sobre a eficácia do kit covid, que ele chama de tratamento precoce (48 vezes), sobre o uso da hidroxicloroquina como alternativa para tratar a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus (38 vezes) e sobre o ritmo da imunização contra a doença no Brasil – “o país é o quarto que mais vacina no mundo” (mentira repetida 37 vezes).
No dia 25 de junho deste ano, em live nas redes sociais, Bolsonaro mentiu uma vez a cada 10 minutos, segundo levantamento do Braisl de Fato. Ele deu explicação falsa sobre preço de vacina, incêndio na Amazônia, pandemia na Argentina. Em 50 minutos, foram cinco mentiras.
Bolsonaro mente até em pronunciamentos oficiais, em cadeia de rádio e televisão. Jornais do mundo inteiro já fizeram levantamwento sobre as fake news ou distorções do prsidente mais mentiroso da historia do Bvrasil.
No dia 23 de março, ele mentiu nove vezes durante um pronunciamento oficial, disse o jornal português Diário de Notícias, segundo relato do Diálogos do Sul. Foram mentiras, omissões, imprecisões, exageros ou promessas impossíveis de cumprir, de acordo com os sites de verificação locais.