Escrito por: Redação CUT
Montadora que fechará unidade de Jacareí (SP) fez acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos e os 480 trabalhadores que seriam demitidos ganham cinco meses de layoff e mais três meses de estabilidade
Os trabalhadores e as trabalhadoras que seriam demitidos da montadora Caoa Chery com o fechamento da unidade em Jacareí (SP), conseguiram um acordo para manter seus salários na íntegra até janeiro do ano que vem. Serão cinco meses de layoff (suspensão temporária de contrato), contados a partir de 1º de junho e mais três meses de estabilidade.
A negociação, feita pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (SindmetalSJC), prevê ainda a manutenção dos planos de saúde para os 480 trabalhadores que seriam demitidos. O acordo foi aceito em assembleia da categoria realizada nesta quarta-feira (11).
Os trabalhadores da Caoa Chery estão de licença remunerada desde o dia 21 de março, mas somente no dia 5 deste mês é que a montadora anunciou o fechamento da unidade de Jacareí, para adequar a linha de produção a carros elétricos e híbridos, que segundo a empresa, serão fabricados a partir de 2025. Até lá, a produção será intensificada na unidade de Anápolis (GO).
Para o presidente do sindicato dos metalúrgicos, Weller Gonçalves, a “suspensão das demissões foi uma grande vitória”.
“Agora, vamos dar um novo passo e exigir a permanência da Caoa Chery em Jacareí. Estamos iniciando uma campanha nacional contra o fechamento da montadora”, completou.
Prejuízo milionário na região
As 480 demissões representam, segundo o presidente do sindicato, a perda de R$ 53 milhões em massa salarial que circulam em Jacareí. Já de acordo com o Instituto Latino-americano de Estudos Socioeconômicos (Ilaese), no setor de autopeças, o impacto deve ser de R$ 37 milhões.