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Carreatas pelo país dizem “NÃO” à privatização dos Correios, Eletrobras e Petrobras

Estatais brasileiras estão em constante risco desde que teve início a gestão Bolsonaro. O povo é contra. E em pelo menos 10 capitais houve carreata contra a venda das empresas neste fim de semana

Publicado: 17 Maio, 2021 - 15h59 | Última modificação: 17 Maio, 2021 - 16h22

Escrito por: Walber Pinto

João Pedro/CUT
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Várias pesquisas já revelaram que os brasileiros são contra a privatização das estatais, mas o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL)  não desiste de vender empresas que dão lucro e são patrimônio do povo como Eletrobras, Correios e Petrobras.

Neste domingo (16), trabalhadores e trabalhadoras de várias cidades realizaram grandes carreatas para marcar a luta contra a privatização de empresas das estatais. A escolha da carreata foi definida como a melhor maneira de fazer manifestação em plena pandemia do novo coronavírus sem causar aglomerações e qualquer risco de aumento da contaminação pela Covid-19 aos manifestantes. (Confira abaixo onde ocorreram os atos).

Os manifestantes alertaram para a perda de setores estratégicos para o país e resaltaram que a privatização das estatais traz inúmeros prejuízos a população brasileira, que sofrerá as consequências na diminuição da qualidade dos serviços prestados e com o aumento de tarifas e de preços abusivos em produtos essenciais ao seu dia a dia.

Em uma série de reportagem que falam sobre o tema, o Portal CUT já elencou nove motivos para que a população seja contra a privatização da Eletrobras. Um deles é o aumento do preço da conta de luz, que, após a privatização, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pode ser elevada em até 16,7% em um primeiro momento.

As estatais sofrem ataques incessantes desde a sua criação, mas piorou sob a gestão Bolsonaro. A Petrobras, por exemplo, está sendo desmontado e suas unidades estão sendo vendidas a preços abaixo do mercado, como é o caso da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), avaliada em cerca de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões, mas está sendo vendida por US $1,65 bilhão ao Fundo Àrabe Mubadala.

Na Bahia, a atual gestão da Petrobras já vendeu vários campos terrestres de petróleo e gás; três termelétricas (Arembepe, Bahia 1 e Muricy), localizadas no município de Camaçari. Houve também o arrendamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN). Estão em processo de venda a bacia de gás, em Camamu, a Petrobrás Biocombustível. Além da Rlam, a gestão da Petrobras colocou à venda mais oito refinarias.

Já nos Correios, com a privatização, muitos municípios vão ficar sem os serviços prestados por essa grande e importante empresa. A empresa premiada e reconhecida mundialmente, presta serviços em mais de 5.500 municípios do Brasil.

A privatização da Eletrobras representa mais trabalhadores demitidos, tanto os contratados diretamente pela estatal quanto os que atuam nas empresas prestadoras de serviços, num processo em cadeia que pode destruir pequenos negócios que giram em torno da “empresa mãe”. A Eletrobras tinha em seus quadros 13.600 trabalhadores. Hoje este número está em 12.500. 

A CUT, por meio da Campanha “Não Deixem Vender O Brasil”, disponibilizou a plataforma Na Pressão” para pressionar os parlamentares contra a privatização das estatais. No site é possível entrar em contato direto com os parlamentares, enviando mensagens por e-mail, WhatsApp e redes sociais para dar o seu recado.

As carreatas protestaram também contra a negligência do governo federal, a quem os trabalhadores responsabilizam pelas mais de  435.751 vidas perdidas para a doença.

Confira os atos realizados nos estados

Em Alagoas, mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios ocorreu neste domingo (17).

 
 
 
 
 
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Na Bahia o Sindicato dos Petroleiros, Sindicato dos Eletricitários e Sindicato dos Petroleiros e demais categorias foram às ruas em Salvador neste domingo (16) em defesa dos serviços públicos e contra a venda das estatais.

 
 
 
 
 
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No Distrito Federal, a concentração da carreata em defesa dos Correios e da Eletrobras aconteceu neste domingo (16). Trabalhadores e as trabalhadoras dos Correios e da Eletrobras tomam as ruas da capital federal contra as propostas de privatização, que é a entrega do patrimônio de todos nós a empresas privadas

 
 
 
 
 
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Rio Grande do Sul teve carreata com a participação de bancários e bancárias no sábado (15) pelas ruas de Porto Alegre. A pauta também era em defesa das estatais e pela realização do plebiscito previsto na Constituição Estadual em caso de privatização da Companhia Rio Grandense de Saneamento (Corsan), Banrisul e Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul (Procergs). 

 
 
 
 
 
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Em Minas Gerais, trabalhadores e representantes da CUT Minas e seus sindicatos filiados realizaram uma carreata contra as privatizações e em defesa dos serviços públicos, em Belo Horizonte, neste domingo (16).

 
 
 
 
 
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Já em Manaus, o Sindipetro-AM, participou do ato contra as privatizações que ocorreu neste domingo (16). O ato foi organizado pelos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios.

A FNU também foi às ruas neste domingo (16), em Brasília, lutar contra as privatizações e em defesa da Eletrobras, Correios e Petrobras. Na capital federal foi realizada uma grande carreata.

Em Florianópolis (SC) teve carreata neste domingo (16) contra as privatizações dos Correios e da Eletrobras. Eletricitários e cutistas percorreram as ruas da Grande Florianópolis para dialogar com a população sobre os prejuízos que a privatização dos Correios e da energia trarão prejuízos.

O trajeto iniciou no Centro Operacional e Administrativo dos Correios, em São José, seguiu pela via expressa, passou pela beira-mar, pela Ponte, Estreito e voltou para São José.

Em Pernambuco, no centro de Recife, houve uma bicicletada contra Bolsonaro e uma faixar grande Fora, Bolsonaro foi estendida no Marco Zero.

O ato no Rio de Janeiro contra a privatização da Eletrobras ocorreu porta da Assembleia Legislativa do Rio de janeiro neste domingo (16). Sindicatos e associações fizeram panfletagem e distribuíram banana à população para alertar que o governo federal está entregando as empresas públicas. O protesto respeitou todos os protocolos sanitários.

Em Goiás a carreata contra a venda dos Correios saiu da Agência Central dos Correios, na Praça Cívica, e percorreu várias ruas de Goiânia neste domingo (16).