Escrito por: Redação CUT
Assinam a carta religiosos, intelectuais, artistas e presidentes de centrais sindicais, como o da CUT, Sérgio Nobre
Na semana em que o Brasil registrou um aumento de 11% nas mortes por Covid-19 e superou a marca de 10 mil óbitos em apenas sete dias, totalizando mais de 265 mil vidas perdidas para a doença, religiosos, sindicalistas, artistas e intelectuais divulgaram uma carta aberta criticando fortemente a atuação do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) no combate a pandemia.
“Assistimos horrorizados ao extermínio sistemático de nossa população, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas”, diz trecho do documento assinado por nomes como os do padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, o teólogo Leonardo Boff, dom Mauro Morelli, bispo emérito de Duque de Caxias (RJ), além de artistas como Chico Buarque e Zélia Duncan e presidentes de centrais sindicais, como o da CUT, Sérgio Nobre.
O manifesto afirma que a população está refém “do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil, junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista”.
“O descaso com a vacinação e as medidas básicas de prevenção, o estímulo à aglomeração e à quebra do confinamento, aliados à total ausência de uma política sanitária, criam o ambiente ideal para novas mutações do vírus e colocam em risco toda a humanidade”, diz o texto do manifesto.
Tambem assinam a carta divulgada no sábado (6) os presidentes da Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), CGTB (Central Geral de Trabalhadores do Brasil) e Central do Servidor também assinam o documento.
Confira na íntegra o texto da carta
“Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.”
Hanna Arendt
O Brasil grita por socorro.
Brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil, junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista.
Esse homem sem humanidade nega a ciência, a vida, a proteção ao meio ambiente e a compaixão. O ódio ao outro é sua razão no exercício do poder.
O Brasil hoje sofre com o intencional colapso do sistema de saúde. O descaso com a vacinação e as medidas básicas de prevenção, o estímulo à aglomeração e à quebra do confinamento, aliados à total ausência de uma política sanitária, criam o ambiente ideal para novas mutações do vírus e colocam em risco toda a humanidade. Assistimos horrorizados ao extermínio sistemático de nossa população, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas.
Nos tornamos uma “câmara de gás” a céu aberto.
O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global.
Apelamos às instâncias nacionais – STF, OAB, Congresso Nacional, CNBB – e às Nações Unidas. Pedimos urgência ao Tribunal Penal Internacional (TPI) na condenação da política genocida desse governo que ameaça a civilização.
Vida acima de tudo!