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CE: No dia 10, unidade para enfrentar ataques aos direitos

Ato em Fortaleza ocorrerá na Praça da Bandeira e será engrossado pela Marcha da Esperança.

Publicado: 07 Novembro, 2017 - 21h16 | Última modificação: 08 Novembro, 2017 - 09h31

Escrito por: CUT-CE/CUT Brasil/Fetamce

CUT
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No dia 11 de novembro, entrará em vigor a Reforma Trabalhista, um dos maiores ataques aos direitos da classe trabalhadora na história do Brasil. Um dia antes, na próxima sexta (10/11), a CUT e as demais centrais sindicais organizam o “Dia Nacional de Paralisação” para denunciar os retrocessos do governo ilegítimo de Michel Temer. No Ceará, o maior ato ocorrerá em Fortaleza, com concentração às 9 horas na Praça Clóvis Beviláqua – também conhecida como Praça da Bandeira, no Centro.

Na data, serão realizadas diversas manifestações em todos os estados, mostrando à população as mazelas que o governo já trouxe à vida do trabalhador e o que ainda pode ser aprovado, como a Reforma da Previdência, que dificultará o acesso à aposentadoria.  O ato unificado na capital cearense reúne as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e as Centrais Sindicais: Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE), Central Sindical e Popular (CSP Conlutas), Central dos Trabalhadores do Brasil no Ceará (CTB-CE) e Intersindical.

“Estamos voltando às ruas em todo o Brasil em defesa dos direitos e também contra o desmonte da previdência e pelo fim do trabalho escravo”, diz o presidente da CUT-CE, Wil Pereira. Ele enfatiza que a população deve ser alertada sobre todos os males da nova lei trabalhista, prevista para entrar em vigor já no próximo sábado (11/11): "Ela precariza as relações de trabalho e dá autonomia aos patrões para negociarem o que quiserem com os empregados". São exemplos dessas negociações: 13º salário, aumento da jornada de trabalho, diminuição de intervalo de almoço, férias, aumento da jornada de trabalho etc.

Centrais unidas contra reformas

No último dia 6, em reunião em São Paulo com dirigentes da CUT das demais centrais sindicais e dos sindicatos de base, as principais lideranças trabalhistas do país reforçaram a unidade em torno de mobilizações programadas para esta sexta-feira, em todas as regiões do Brasil.

Entre as ações em defesa dos direitos trabalhistas – e pela resistência à Reforma que entrará em vigor no dia 11 de novembro acabando com a carteira assinada, férias e 13º e oficializando o bico, entre outros ataques – contra o desmonte da Previdência e pelo fim do trabalho escravo ocorrerão atos, fechamentos de rodovias e avenidas, panfletagens e paralisações.

Ao final da reunião das centrais, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, convocou as bases para a batalha e apontou que é possível deter os avanços dos patrões. O dirigente lembrou ainda que durante as manifestações, as centrais continuarão a colher assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular que anula a Reforma Trabalhista.

Marcha da Esperança reforça ato em Fortaleza

Concomitantemente, se unirão ao ato na Praça da Bandeira os trabalhadores que participarão da Marcha da Esperança. A Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) coordena anualmente, desde 2010, o movimento de rua protagonizado pelos servidores municipais, que se juntam neste ano a funcionários públicos das demais esferas – federal e estadual – assim como proletários de outros ramos e movimentos sociais de luta por moradia, pela terra, por água, de juventude, de mulheres, de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBTs), de negros e negras e de pessoas com deficiência em uma grande agenda de resistência popular.

A marcha também combate o desmonte do Estado, rechaçando projetos aprovados que atingem em cheio o setor público, como a Emenda Constitucional (EC) 95/16, que congela investimentos públicos por 20 anos, e a terceirização em todas as atividades econômicas, que precariza ainda mais as relações de trabalho. Embora a EC esteja prevista para entrar em vigor a partir de 2018, na prática ela já está valendo, com a redução de recursos que chegam aos municípios.

“O ilegítimo de Michel Temer, com total reprovação pela opinião pública, avança contra a soberania da nação e liquida o patrimônio público. Investe contra os serviços públicos, cortando e limitando os investimentos  em saúde, educação, segurança, pesquisa científica, assistência social e entrega a nossa maior descoberta petrolífera, o pré-sal, para a exploração estrangeira. Mais do que nunca, é hora de ocupar as ruas e resistir”,afirma Enedina Soares, presidenta da Fetamce.

 

SERVIÇO:

Fortaleza

Marcha da Esperança/ Dia Nacional de Luta contra a Reforma Trabalhista

Concentração às 9 horas, na Praça Clóvis Beviláqua (Praça da Bandeira – Centro)