Cearenses fazem ato diante da companhia elétrica estadual
Contra medidas recessivas e de arrocho, como o aumento da conta de luz, trabalhadores e trabalhadoras fazem manifestação em Fortaleza
Publicado: 29 Maio, 2015 - 15h11 | Última modificação: 29 Maio, 2015 - 15h21
Escrito por: CUT-CE
Movimentos sociais e sindicatos de base filiados à Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE) e à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) realizaram, na manhã desta sexta-feira (29/5), ato pacífico em frente à Companhia Energética do Ceará (Coelce). Desde as 7 horas da manhã, eles bloquearam um trecho da Rua Padre Valdevino, que dá acesso à Companhia, para lutar por direitos e contra a onda conservadora da direita que quer aproveitar a crise para derrubar as conquistas da classe trabalhadora.
No alvo dos protestos desta manhã, a luta contra: os preços abusivos das contas de luz; a Medidas Provisória (MP) 664, que muda as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte; e a MP 665, que dificulta o acesso ao abono salarial e ao seguro-desemprego, prejudicando especialmente os mais jovens.
CUT, CTB e movimentos sociais manifestaram sua oposição, ainda, ao Projeto de Lei (PL) 4330. O texto seguiu para o Senado como PLC 30 (Projeto de Lei na Câmara) sem acatar as propostas de organizações como a CUT. Sem essas mudanças, o projeto tramita com ao menos cinco armadilhas que atacam a organização sindical e fragilizam a proteção aos direitos trabalhistas, conforme destaca a coordenadora executiva do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Patrícia Pelatieri).
A secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva, esteve na manifestação em frente à Coelce para somar força às lutas no Ceará. “Essa mobilização de hoje é uma sequência de luta que temos feito desde o início do ano. Hoje é um dia de luta e paralisação no Brasil inteiro. Estamos unidos para dizer que não aceitamos essa tentativa de retrocesso para a classe trabalhadora. O PL 4330 nos é extremamente nocivo. Se for preciso, vamos à greve geral na defesa de nossos direitos”, disse Rosane.