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Censo da Educação do MEC ignora precarização dos professores universitários

Categoria enfrenta baixíssimos salários, assédio constante, insegurança, superlotação de salas de aula, falta de condições de trabalho, entre outras queixas

Publicado: 26 Janeiro, 2022 - 13h40 | Última modificação: 26 Janeiro, 2022 - 13h44

Escrito por: Redação CUT

Reprodução/Reconta Aí
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O último Censo da Educação Superior realizado pelo Ministério da Educação, em 2019, ignora a precarização dos professores universitários e faz uma mera estatística sobre a quantidade de docentes nas universidades do país.

Há três anos, o Brasil tinha um total de 386.073 professores de ensino superior no Brasil. Destes, a maior parte - 209.670 - dava aulas em alguma das 1.993 faculdades, universidades ou centros universitários privados.

O que a pesquisa não mostra, como revela reportagem de Renata Vilela, do Reconta Aí, é que estes profissionais têm enfrentado baixíssimos salários, assédio constante, insegurança, superlotação de salas de aula, falta de condições de trabalho, entre outras queixas.

A repórter ouviu uma professora com vinte anos de profissão em uma só instituição que nunca teve um plano de carreira e está "escondendo da faculdade” onde trabalha que está fazendo doutorado, pois corre o risco de ser demitida.

Com um mercado cada vez mais dominado por grandes grupos educacionais - alguns com capital aberto na bolsa de valores - os professores passaram a ser vistos como "colaboradores" e os estudantes como "clientes", explica a professora.

Segundo ela, o principal foco das universidades deixou de ser o ensino e passou a ser o lucro. "É como se essas instutições vendessem o diploma por carnê", explica outro professor com quatro anos e meio de experiência em docência no ensino superior privado.

Confira aqui a íntegra da reportagem.