Escrito por: Redação CUT
Categoria enfrenta baixíssimos salários, assédio constante, insegurança, superlotação de salas de aula, falta de condições de trabalho, entre outras queixas
O último Censo da Educação Superior realizado pelo Ministério da Educação, em 2019, ignora a precarização dos professores universitários e faz uma mera estatística sobre a quantidade de docentes nas universidades do país.
Há três anos, o Brasil tinha um total de 386.073 professores de ensino superior no Brasil. Destes, a maior parte - 209.670 - dava aulas em alguma das 1.993 faculdades, universidades ou centros universitários privados.
O que a pesquisa não mostra, como revela reportagem de Renata Vilela, do Reconta Aí, é que estes profissionais têm enfrentado baixíssimos salários, assédio constante, insegurança, superlotação de salas de aula, falta de condições de trabalho, entre outras queixas.
A repórter ouviu uma professora com vinte anos de profissão em uma só instituição que nunca teve um plano de carreira e está "escondendo da faculdade” onde trabalha que está fazendo doutorado, pois corre o risco de ser demitida.
Com um mercado cada vez mais dominado por grandes grupos educacionais - alguns com capital aberto na bolsa de valores - os professores passaram a ser vistos como "colaboradores" e os estudantes como "clientes", explica a professora.
Segundo ela, o principal foco das universidades deixou de ser o ensino e passou a ser o lucro. "É como se essas instutições vendessem o diploma por carnê", explica outro professor com quatro anos e meio de experiência em docência no ensino superior privado.
Confira aqui a íntegra da reportagem.