Centrais defendem unidade do campo democrático e popular nas eleições do RS
As 4 maiores centrais sindicais no RS divulgaram documento enviado a 7 partidos políticos defendendo a unidade do campo democrático e popular nas eleições majoritárias deste ano no Estado
Publicado: 09 Junho, 2022 - 12h34 | Última modificação: 09 Junho, 2022 - 12h45
Escrito por: CUT-RS
As quatro maiores centrais sindicais no Rio Grande do Sul – CUT, CTB, Força Sindical e UGT – divulgaram nesta quinta-feira (9) um documento enviado ao PT, PSB, Psol, PCdoB, PV, Rede Sustentabilidade, Avante e Solidariedade, defendendo a unidade do campo democrático e popular nas eleições majoritárias deste ano no Estado.
O texto apela “para as lideranças do campo que construiu as pré-candidaturas de Lula e Alckmin, para que façam todo o esforço possível e necessário para construir as convergências no rumo de uma campanha unitária, contagiante e vitoriosa”.
As centrais lembram que “as consequências das derrotas eleitorais recaem nos ombros da classe trabalhadora e fortalecem as classes dominantes e seus projetos de domínio do capital, exclusão social e massacre do povo”.
“Nós, do movimento sindical gaúcho, nos sentimos no dever histórico de nos manifestar junto aos partidos democráticos e populares na direção de construir a unidade nesta dura disputa”, destacam as centrais.
Clique aqui para ler o documento com as assinaturas das centrais.
Ou leia a íntegra do documento abaixo:
CENTRAIS SINDICAIS DEFENDEM UNIDADE DO CAMPO DEMOCRÁTICO E POPULAR NO RIO GRANDE DO SUL
“Quero, aqui na frente de vocês, sem meias palavras, fazer um apelo aos partidos de esquerda. A verdade nua e crua é essa, juntos nós temos muito mais chances, juntos somos muito mais fortes” (Lula, Porto Alegre, 02.05.2022)
Vivemos uma das piores conjunturas na história da classe trabalhadora no Brasil e no Rio Grande do Sul. As eleições deste ano representam uma grande oportunidade para mudar os rumos do país e do estado.
Em âmbito nacional, viveremos uma das maiores disputas liderada por uma frente democrática e popular que apresentará um programa de reconstrução do país e de combate ao fascismo.
No estado persistem as indefinições para montagem de uma frente democrática e popular que possibilite uma vitória eleitoral. Frente a essas dificuldades, cabe a nós, enquanto representantes da classe trabalhadora, apelar para as lideranças do campo que construiu as pré-candidaturas de Lula e Alckmin, para que façam todo o esforço possível e necessário para construir as convergências no rumo de uma campanha unitária, contagiante e vitoriosa.
Temos consciência de que as consequências das derrotas eleitorais recaem nos ombros da classe trabalhadora e fortalecem as classes dominantes e seus projetos de domínio do capital, exclusão social e massacre do povo.
O projeto dos nossos inimigos de classe no poder significa para a classe trabalhadora índices medíocres de reajuste do piso salarial, congelamento e atraso dos salários dos servidores, precarização dos serviços públicos, venda de patrimônio público e ataques sucessivos aos nossos direitos.
Esse projeto conservador representa também a propagação da ideia de que o mercado é o único propulsor das atividades econômicas e a ausência de políticas públicas, que incentivem a retomada da indústria e dos empregos, a valorização da agricultura familiar e a produção de alimentos saudáveis.
Tal projeto hoje no poder trouxe para a classe trabalhadora a intensificação da insegurança social, a violência contra as mulheres e a população LGBTQIA+ e o assassinato de jovens negros e pobres nas nossas periferias. Recrudesce o conservadorismo e visões de mundo que hegemonizam cultural e ideologicamente a sociedade, levando a um estado fascista e policialesco que pretende acabar com a democracia e as instituições.
Nós, do movimento sindical gaúcho, nos sentimos no dever histórico de nos manifestar junto aos partidos democráticos e populares na direção de construir a unidade nesta dura disputa e, assim, podermos realizar uma campanha vigorosa, cheia de esperança e vitoriosa, em sintonia com os desafios do nosso tempo e as expectativas da classe trabalhadora.
Porto Alegre, 9 de junho de 2022.
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Força Sindical
União Geral dos Trabalhadores (UGT)