Centrais e MPT se unem para combater assédio eleitoral dos patrões aos trabalhadores
Presidente nacional da CUT esteve nesta quinta-feira (15) com o procurador-geral do Ministério para denunciar aumento de casos de empresários que tentam interferir no voto do trabalhador
Publicado: 16 Setembro, 2022 - 14h40 | Última modificação: 21 Setembro, 2022 - 16h04
Escrito por: Vanilda Oliveira
A CUT, em unidade com as demais centrais sindicais, vão desenvolver uma ação conjunta com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para ampliar o combate a práticas ilegais dos patrões contra os trabalhadores nos locais de trabalho, como assédio eleitoral laboral. Ação também quer intensificar o enfrentamento ao trabalho infantil e o análogo ao escravo.
Coação eleitoral é crime; confira panfleto da CUT e demais centrais
Segundo o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, esse compromisso é resultado da reunião, nesta quinta-feira (15), entre as centrais sindicais e o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), José de Lima Ramos Pereira. Além do dirigente da CUT, participaram os presidentes da Força Sindical, Miguel Torres; UGT, Ricardo Patah, e da CTB, Adilson Araújo. O encontro foi em Brasília.
“Foi uma reunião muito produtiva e importante para a proteção da classe trabalhadora. Firmamos compromissos para, de forma conjunta, movimento sindical e Ministério Público do Trabalho combaterem todo tipo coação, constrangimento, pressão e assédio patronal no local de trabalho”, disse o presidente nacional da CUT.
Leia mais: Empresária baiana diz a colegas para ‘demitir sem dó’, trabalhador que vota em Lula
“Levamos ao procurador-geral do Ministério Público nossa preocupação com o aumento de casos de coação e assédio do voto dos trabalhadores, nesta reta final de campanha eleitoral. O presidente nacional da CUT destacou que é muito importante atuação do MPT para assegurar totais condições às pessoas que vão trabalhar no dia da eleição.
Segundo Sergio Nobre, o procurador-geral do MPT pediu que as centrais sindicais reforcem junto aos sindicatos de base a importância de denunciar ao Ministério Público do Trabalho os patrões que tentam obrigar o trabalhador a votar em determinado candidato. Também devem ser denunciados empresários e empresas que impeçam os trabalhadores e as trabalhadoras de expressar livremente sua opinião. As reuniões para debater as ações serão marcadas para depois das eleições.
O procurador-geral José de Lima disse aos sindicalistas que a Instituição está preparada, em nível nacional, para atender a qualquer demanda relacionada a direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, seja urgente ou não.
“Assédio eleitoral no local de trabalho é crime. Denunciem aos seus sindicatos e sindicatos denunciem ao MPT, basta entrar na página [clique aqui para acessar] deles, tem espaço exclusivo para denúncia”, convoca Sérgio Nobre
As centrais entregaram ao procurador-geral a Pauta da Classe trabalhadora, documento aprovado durante a Conclat-2022. Participaram também da reunião o diretor-geral do MPT, Gláucio Araújo de Oliveira; o subprocurador-Geral do Trabalho Francisco Gérson Marques de Lima; o coordenador e o vice-coordenador da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical e do Diálogo Social (Conalis), respectivamente, Ronaldo Lima dos Santos e Jefferson Luiz Maciel Rodrigues; e a vice-coordenadora da Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades (Coordigualdade), Melícia Alves de Carvalho Mesel.