Escrito por: Redação RBA
Triunfo projeta para as eleições de 27 de outubro possibilidade de vitória peronista já no primeiro turno
O candidato à presidência da República da Argentina Alberto Fernández, da coalizão Frente de Todos, conseguiu uma grande vitória nas Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso). Até o princípio da manhã desta segunda-feira (12), com 88,8% das urnas apuradas, o peronista, que tem a ex-presidenta Crisitina Kirchner como vice, tinha 48,9% dos votos contra 33,3% do atual presidente, Mauricio Macri, uma vantagem de mais de 15 pontos.
Até ontem, nenhuma pesquisa havia detectado tamanha vantagem para o presidenciável. Isso o credencia a uma possível vitória já no primeiro turno das eleições marcadas para 27 de outubro. Na Argentina, para que isso aconteça é necessário obter 45% dos votos ou 40% e 10 pontos de diferença sobre o segundo colocado.
Em um gesto simbólico, Alberto Fernández apareceu para discursar aos seus apoiadores com Taty Almeida, do movimento Mães da Praça de Maio, e Lita Boitano, da organização Familiares de Desaparecidos e Presos. Em sua fala, ele repassou alguns dos principais eixos de sua campanha e falou da importância das escolas e das universidades públicas, e também ressaltou a importância de os aposentados terem acesso à saúde. Também foi exibida uma mensagem de Cristina Kirchner, por meio de um vídeo gravado direto de Santa Cruz, onde votou.
Outra derrota impactante para o campo político de Macri aconteceu na província de Buenos Aires. O ex-ministro da Economia Axel Kicillof venceu no distrito mais populoso do país, superando a atual governadora María Eugenia Vidal, que chegou a ser cogitada como candidata presidencial. Kicillof tinha, segundo os ´dados mais recentes, pouco mais de 49% dos votos frente a 32% de Vidal.
Com 8,3%, o ex-ministro Roberto Lavagna celebrou o fato de ter convertido seu partido, Consenso Federal, na terceira força político do país. à noite, Lavagna ligou a Alberto Fernández para parabenizá-lo, e analistas apontam para uma possível aproximação entre os dois contra Macri.