Escrito por: Redação RBA
Ao menos 116 pessoas ainda estão desaparecidas. Bombeiros e voluntários conseguiram resgatar s 24 pessoas com vida. Ao todo, 705 pessoas foram encaminhadas para os 33 pontos de apoio
O número de mortos em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro chegou a 120 na noite desta quinta-feira (17), três dias após a tempestade que causou deslizamentos de terra e desmoronamento de casas. Ao menos 116 pessoas ainda estão desaparecidas.
Segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil, bombeiros e voluntários conseguiram resgatar da lama e escombros 24 pessoas com vida. Ao todo, 705 pessoas foram encaminhadas para os 33 pontos de apoio montados em Petrópolis, em igrejas e escolas da rede pública municipal.
A tensão continua na região. O tempo permanece instável e voltou a chover forte, por volta das 17h40. A Defesa Civil chegou a acionar as sirenes do chamado primeiro distrito, alertando a população para novas ameaças. E um novo deslizamento provocou a evacuação do bairro 24 de Maio.
Destruição
Em razão das previsões de novos temporais, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, informou que permanece “muita alta” a possibilidade de ocorrência de deslizamentos na região de Petrópolis.
Uma ameaça de deslizamento de pedra está forçando a evacuação de moradores e lojistas de ruas do centro de Petrópolis. Ainda de acordo com o Cemaden, o elevado nível de umidade do solo pode favorecer a ocorrência de deslizamentos de terra mesmo na ausência de chuva.
Socorros
Agentes das secretarias de Obras, de Serviço, Segurança e Ordem Pública, Saúde, Educação, além da Comdep e CPTrans também atuam no atendimento da população e recuperação da cidade. “Orientamos a população que ao sinal de qualquer instabilidade nas áreas em que residem, que procure o ponto de apoio e nos acionem”, destacou o secretário de Defesa Civil, o tenente-coronel Gil Kempers.
Na manhã de hoje, foram publicadas duas medidas no Diário Oficial do Rio de Janeiro para ajudar o município. O pagamento do IPVA e do ICMS foram prorrogados para o segundo semestre, e a Assembleia Legislativa fluminense vai repassar R$ 30 milhões para a prefeitura.
Petrópolis: história de tragédias
A região serrana do estado do Rio, onde se localiza Petrópolis, viveu outras tragédias nas últimas décadas. Em 1988 e em 2011, vários temporais já causaram um grande número de mortes e de prejuízos materiais.
Dessa vez, um dos pontos mais atingidos na cidade foi o Morro da Oficina, no Alto da Serra. Houve um grande deslizamento de terra no local, que fica próximo à Rua Tereza, conhecida área comercial do município perto do centro histórico. A prefeitura estima que cerca de 80 casas tenham sido afetadas.
Diante do alto volume de mortes, o município abriu novas covas às pressas no Cemitério do Centro. Em respeito à programação dos familiares, foi descartada a realização de enterros coletivos.
Com Agência Brasil