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Cinco capitais registram surto de gripe; BA registra 1ª morte. Confira os cuidados

Apesar da letalidade da gripe ser menor do que a da COvid-19, há riscos de complicações e internações. Assim como no caso da Covid-19, a vacina, o uso de mascaras e o distancimento social também são essenciais

Publicado: 16 Dezembro, 2021 - 13h00 | Última modificação: 16 Dezembro, 2021 - 19h22

Escrito por: Redação CUT

Divulgação
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Surto de gripe por meio do vírus Influenza A (H3N2) atinge pelo menos cinco capitais e Salvador (BA) registra a primeira morte. A vítima é uma idosa de 80 anos, moradora da capital baiana, que não estava vacinada contra a gripe. Confira os cuidados para não sofrer com sintomas como febre, dificuldade para respirar, dores no corpo e, em alguns casos, precisar até de internação ou correr risco de morte, como no caso da senhora baiana.

A primeira capital a registrar a epidemia da Influenza A (H3N2), detectada pela primeira vez em Hong Kong na década de 1960, mas que este ano sofreu uma nova mutação na Austrália, foi o Rio de Janeiro, que já contabilizou mais de 23 mil casos da doença nas últimas semanas.

Depois, foi a vez de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e hospitais púbicos e privados de São Paulo registrarem aumento de casos. Só o Hospital Nove de Julho, do Grupo Dasa, registrou aumento de 41% nos atendimentos em pronto-socorro de pessoas com quadros de gripe entre 1º e 14 de dezembro, em comparação com as duas semanas anteriores.

Em outros estados, as autoridades da área da sáude também estão em alerta e se organizam para reforçar a oferta de vacinas da influenza e da Covid-19 para grupos de risco e funcionários, além de criar áreas separadas para o atendimento de pacientes com síndrome respiratória.

Na maioria dos estados, ao contrário da forte adesão da população a vacinação contra a Covid-19, foram poucos os que se vacinaram contra a Influenza. Em São Paulo, por exemplo, apenas 55% dos paulistanos se vacinaram contra a gripe até julho, quando terminou a campanha de vacinação.

Vitória (ES), Salvador (BA) e Porto Velho (RO) foram as outras capitais que confirmaram nesta quarta (15) indicadores de epidemia de influenza, mas ainda não há registros de aumento de casos graves e mortes.

Na Bahia, até terça-feira (14), foram registrados 93 casos positivos de Influenza A H3N2. Do total, 15 evoluíram para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e necessitaram hospitalização. Os pacientes têm idades entre 9 e 85 anos.

Confira como se prevenir

De acordo com os especialistas, a melhor maneira da população se proteger é a mesma usada para se proteger contra a Covid-19:

. Usar máscaras;

. lavar as mãos sempre que preciso;

. manter o distanciamento social; e,

. manter os ambientes devidamente ventilados.

Eles alertam que a contaminação pela Influenza também pode evoluir para quadros mais graves com necessidade de cuidados hospitalares.

A vacina contra o vírus da gripe também é importante, apesar de não oferecer proteção contra a nova cepa H3N2, chamada de Darwin (em referência à cidade na Austrália onde foi identificada pela primeira vez). A Organização Mundial da Saúde (OMS) já determinou a inclusão dessa nova variante na receita das vacinas a serem produzidas e distribuídas globalmente em 2022.

Letalidade

De acordo com a OMS, a letalidade do vírus da gripe é bem menor, na comparação com o novo coronavírus - cerca de 0,01% a 0,08% dos pacientes contaminados pelo influenza acabam indo a óbito. No caso da Covid-19, esse índice sobre para 2,3%.

Sintomas

Os sintomas provocados pela cepa Darwin do H3N2, são:

. febre alta com início agudo,

. cefaleia (dor de cabeça),

. dores articulares,

. constipação nasal,

. inflamação de garganta; e,

. tosse.

Em crianças, principalmente, pode acarretar ainda crises de vômito e diarreia.

A recomendação das autoridades de saúde é procurar atendimento ambulatorial assim que esses sintomas surgirem. Pacientes sintomáticos também devem permanecer em isolamento. Os menores, por exemplo, não devem ser levados à escola.

Evite aglomerações

Tanto para se prevenir contra a gripe quanto da Covid-19, em especial a variante ômicron, mais transmissível, é importante evitar aglomerações.

O que é o vírus H3N2?

 O vírus H3N2 é um dos subtipos do vírus influenza A. Conhecido oficialmente como influenza A (H3N2), esse vírus é sazonal. Ele circula entre humanos desde uma epidemia em Hong Kong em 1968. Mas foi apenas a partir de 2005 que ele começou a circular pelo mundo mais frequentemente, segundo dados levantados pelo do UOL.

Quem são as principais vítimas?

A variante atinge principalmente idosos e crianças, grupos que podem até precisar de internação.

De acordo com especialistas, até agora, porém, o vírus H3N2 até agora está atingindo adultos não vacinados.