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Classe trabalhadora cobra parlamentares em aeroportos

Deputados são pressionados por conta da Reforma Trabalhista, que pode ser votada nesta semana

Publicado: 18 Abril, 2017 - 14h09 | Última modificação: 18 Abril, 2017 - 15h57

Escrito por: CUT Nacional com informações das estaduais de Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe

CUT-CE
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Trabalhadores no Aeroporto Internacional de Fortaleza, nesta manhã (18)

As estaduais da CUT na Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe apertaram o cerco nesta terça-feira (18) contra parlamentares de seus estados, no momento em que eles embarcavam para Brasília. O objetivo foi pressionar para que votem contra a Reforma Trabalhista (PEC 6787/16), que ataca os direitos dos trabalhadores.

Apesar de existir um acordo para colocar em pauta a Reforma Trabalhista somente em maio, deputados golpistas querem apressar a votação desse projeto no plenário da Câmara, usando para isso um pedido de urgência.

Nordeste em ação

No Ceará, a CUT promoveu manifestações no Aeroporto Internacional de Fortaleza entre 4h30 e 7h e colocou contra a parede 10 deputados federais foram pressionados a votar contra o fim da aposentadoria e dos direitos trabalhistas. Participaram do ato, além da CUT-CE, as frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e parceiros do movimento sindical.

Também houve panfletagem na empresa Metal Mecânica Maia, no processo de construção da greve geral do Dia 28 de Abril.

No Aeroporto Internacional de Salvador, na Bahia, foi dia de corpo a corpo da militância CUTista com deputados federais baianos, recepcionados pelos militantes que cobraram comprometimento dos parlamentares com a classe trabalhadora. 

Região Sul


A CUT-SC organizou diversos manifestações junto com demais centrais sindicais, Frentes, Fórum e movimentos sociais de Santa Catarina. “A nossa intenção é mostrar aos parlamentares que a classe trabalhadora não os deixarão sossegados se eles retirarem os direitos conquistados a duras penas”, explica Anna Julia Rodrigues, presidenta da CUT-SC. Para ela, a Reforma da Previdência acaba com os direitos do povo e a reforma Trabalhista rasga totalmente os direitos da classe trabalhadora.

Na Região Oeste do estado os deputados federais Valdir Colatto e Celso Maldaner, ambos do PMDB, tiveram uma visita inusitada no domingo de Páscoa. Várias lideranças sindicais foram até a casa dos parlamentares avisá-los que caso votem contra os trabalhadores, eles serão denunciados em todos os espaços.

Com megafone, faixas, cartazes e muita coisa para dizer, os sindicalistas receberam o apoio da população que aplaudiu o manifesto.

No Rio Grande do Sul, a CUT com federações e sindicatos filiados amanheceram nesta terça-feira (18) protestando contra as reformas da Previdência, Trabalhista e a terceirização irrestrita no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Desde as 5h, houve corpo a corpo com deputados federais gaúchos que embarcaram para Brasília e distribuição do segundo jornal especial da CUT-RS contra as reformas de Temer para passageiros e trabalhadores das empresas aéreas. Os dirigentes sindicais destacaram a importância de preparar a Greve Geral de 28 de abril para derrotar as reformas de Temer.

No portão de embarque

Na segunda-feira, dia 17 de abril e na terça, dia 18 os dois principais aeroportos de Santa Catarina, em Florianópolis e Chapecó foi ocupado pelos representantes de trabalhadores e movimento social que foram acompanhar o embarque dos deputados e senadores que vão para Brasília.

Recepcionados com cartazes, faixas e gritos de palavra de ordem, alguns parlamentares tentavam passar sem cruzar com os sindicalistas, transparecendo ter medo de encarar o povo e esclarecer o seu voto. Alguns até paravam e diziam estar avaliando o projeto, mas somente o deputado federal Pedro Uczai do PT, passou pelo Aeroporto de Florianópolis e reassumiu o seu compromisso com os trabalhadores e o seu voto contrário a reforma Trabalhista. Foram abordados em Florianópolis a deputada Carmen Zanotto do PPS, Esperidião Amin do PP, Rogério Peninha do PMDB e o senador Dario Berger do PMDB e Dalirio Beber do PSDB.

Em Chapecó os trabalhadores ficaram durante toda a segunda-feira e aproveitaram o momento para dialogar com quem passava pelo aeroporto. O deputado federal Celso Maldaner do PMDB embarcou para Brasília, mas antes precisou justificar aos trabalhadores o seu voto contra a classe trabalhadora. Além dos manifestantes, outras pessoas que passavam pelo local foram falar com o deputado e cobrar dele uma postura de defesa dos direitos. Para a Secretária de Políticas Sociais da CUT-SC, Elivane Sechi, atividades como essa são de extrema importância e recebem apoio da população. “O povo está a cada dia mais engajado com os movimentos para barrar essas reformas. Embora grande parte dos meios de comunicação não os informem, eles estão sabendo os riscos desses projetos para os trabalhadores. Os parlamentares que votarem a favor da retirada de direitos, terão muito problemas para conseguir a reeleição”.

Sergipe 

Esquentando o clima para a greve geral do dia 28 de abril, a CUT- SE executou a ‘Queima dos Judas da Classe Trabalhadora’, na manhã desta terça-feira, na Praça General Valadão, Centro de Aracaju.

Foram queimados em praça pública bonecos com os rostos do presidente ilegítimo Michel Temer (PMDB) e dos senadores Eduardo Amorim (PSDB), Maria do Carmo (DEM) e Valadares (PSB), dos deputados federais Laércio Oliveira (Solidariedade), André Moura (PSC), Jony Marcos (PRB), Adelson Barreto (PR), Fábio Reis (PMDB) e Valadares Filho (PSB). 

Parlamentares que votaram a favor do golpe parlamentar contra a democracia brasileira e contra a presidenta Dilma Roussef (PT). Pelo desmonte da educação também foram queimados bonecos do governador Jackson Barreto (PMDB) e do secretário de Educação Jorge Carvalho.

Dirigente do SINDIJOR e secretária de Comunicação da CUT/SE, Caroline Santos dialogou com a população do Centro. “Precisamos decretar a morte política daqueles que votarem pelo fim da Previdência no Brasil, pelo fim dos Direitos Trabalhistas. Se não lutarmos, todos juntos, será o começo do fim para todos nós, trabalhadores brasileiros. Este ato simbólico é apenas um esquenta para a mobilização nacional que estamos construindo para o dia 28 de abril”.