Clima instável, exportação e dólar valorizado fazem preços da cesta básica subirem
Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que todas os preços dos alimentos da cesta básica tiveram aumentos em 2024
Publicado: 09 Janeiro, 2025 - 11h59 | Última modificação: 09 Janeiro, 2025 - 12h04
Escrito por: Redação CUT
No ano passado o valor da cesta básica aumentou nas 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
Em 12 meses, a tendência para todos os produtos da cesta básica foi de elevação de preços, consequência da instabilidade climática, da demanda externa e do real desvalorizado em relação ao dólar.
Seis itens apresentaram alta nos preços em todas as capitais: carne bovina de primeira, leite integral, arroz agulhinha, café em pó, banana e óleo de soja. O pão francês e a manteiga encareceram na maior parte das localidades pesquisadas.
As maiores elevações acumuladas, entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024, foram registradas em João Pessoa (11,91%), Natal (11,02%), São Paulo (10,55%) e Campo Grande (10,41%). Em Porto Alegre (2,24%), foi verificada a menor variação.
Valor do salário mínimo necessário
Com base na cesta mais cara, que, em dezembro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que em dezembro de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 7.067,68 ou 5,01 vezes o mínimo de R$ 1.412,00 vigente no ano passado. Atualmente o salário mínimo está em R$ 1.518,00.
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