Atividade ocorreu neste final de semana e contou com apoio do Ramo
A cidade de Jaú, interior de São Paulo, é considerada polo na fabricação de calçados femininos. Em setembro de 2015, os trabalhadores retomaram a direção do sindicato com apoio da Confederação Nacional do Ramo Vestuário da CUT/CNTV.
Com objetivo de organizar as ações do Sindicato para o próximo período, foi firmada uma parceria entre CNTV/CUT e Sindicato dos Calçadistas de Jaú para a realização do planejamento da nova diretoria. A atividade aconteceu nos dias 27 e 28 e contou com a presença da presidenta da CNTV, Cida Trajano, do presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Coureiras e Vestuaristas do Brasil, José Carlos Guedes, e do Secretário Geral da CUT/SP, João Cayres. O Coordenador da Subsede de Bauru da CUT/SP, Itamar Calado, também participou da abertura do evento.
Conjuntura
João Cayres, que é metalúrgico e membro da direção executiva da CUT/SP, apresentou uma análise sobre a conjuntura política e econômica no Brasil e no mundo. Neste sentido, antes de traçar as ações para 2016, a diretoria do sindicato pode debater os principais elementos presentes na política e na economia que certamente terão impacto na vida dos trabalhadores e trabalhadoras do setor. Fatores como a alta do dólar e taxação do calçado chinês foram destaque nas intervenções feitas pelos dirigentes. “Se, de um lado, o dólar alto pode favorecer o setor, por outro, estamos muito preocupados com a possível queda na taxação do calçado chinês, o que poderá promover uma concorrência desleal e dificultar a produção interna, gerando desemprego e diminuindo a massa salarial”, apontou Miro Jacinto, presidente do Sindicato dos Calçadistas de Jaú.
Cida Trajano, que preside a Confederação Nacional do Ramo Vestuário da CUT (CNTV) também defendeu a prorrogação da medida antidumping que onera a importação do calçado chinês. “É uma medida importante que teve impacto positivo na geração de emprego no setor calçadista no Brasil. Defendemos sua prorrogação, ainda mais neste momento de crise”, apontou a sindicalista que apresentou ainda um balanço da atuação geopolítica do Ramo Vestuário da CUT em todo o país.