Escrito por: Marize Muniz

Coletiva da CUT será às 10h, na Avenida Paulista

Os presidentes da CUT nacional, Vagner Freitas, e SP, Douglas Izzo, darão uma coletiva nesta terça (15), às 10h, na Av. Paulista nº 1313, local do 1º ato da campanha salarial unificada

Arquivo CUT

Os presidentes da CUT Nacional, Vagner Freitas, e CUT-SP, Douglas Izzo, darão uma coletiva a imprensa nesta terça-feira (15), às 10h, em frente à sede da Fiesp, na Av. Paulista nº 1313, onde será realizado o primeiro ato da campanha salarial unificada que reúne as categorias com data-base no 2º semestre.

Estarão presentes também os presidentes das Confederações, Federações e Sindicatos das categorias filiadas à CUT que estão em campanha salarial, como metalúrgicos, bancários, químicos, petroleiros da FUP, enfermeiros, aeronautas, aeroviários, comerciários, serviços, médicos e psicólogos.

CAMPANHA SALARIAL UNIFICADA  

A escolha do mote da campanha salarial unificada - “Em defesa da democracia, do emprego e do salário” – é um alerta para os/as trabalhadores de como uma crise política que descambe em saídas antidemocráticas pode prejudicar a luta da classe trabalhadora por melhores condições de trabalho e renda.

“Sem democracia os trabalhadores não poderiam se organizar, revindicar e muito menos fazer manifestações nas ruas”, alerta o presidente da CUT, que completa: a classe trabalhadora sempre é a mais prejudicada quando há golpe, quebra da ordem democrática.

Por isso, diz Vagner Freitas, é preciso defender a democracia para podermos fortalecer as campanhas salariais, defender os empregos e buscar saídas econômicas que protejam os/as trabalhadores/as e a Petrobrás, estatal mais atacada por setores conservadores que querem privatizar a companhia.

Segundo ele, os atos também vão demonstrar que “os trabalhadores organizados pela CUT não se deixaram confundir nem intimidar com o clima de caos político e econômico que se tenta instalar no país”.

Além de São Paulo, os dirigentes da CUT estão programando manifestações das categorias com data-base no segundo semestre em outras cidades do Brasil.

Nesses atos, os/as trabalhadores/as vão deixar claro que NÃO vão pagar a conta da crise econômica; NÃO vão permitir ataques aos direitos dos/as trabalhadores/as, entre eles, a terceirização em todas as atividades das empresas, como prevê o projeto que foi aprovado pela Câmara dos Deputados e está tramitando no Senado, PSC 30; NÃO vão aceitar sem resistência e luta as tentativas de ataque à democracia que veem sendo feitas pelos conservadores; NÃO vão aceitar nenhum tipo de ataque que represente retrocesso e que fira o Estado democrático de direito.

Durante o ato de terça-feira, os dirigentes da CUT-SP, eleitos no mês passado para o mandato 2015-2019, vão tomar posse em plena Avenida Paulista. Segundo o presidente eleito, Douglas Izzo, a posse na rua é simbólica porque mostra à população que a CUT é das ruas, sempre esteve e sempre continuará nas ruas.

Categorias filiadas à CUT com data-base no segundo semestre

Somente entre as principais categorias filiadas à CUT, mais de 1.814.805  trabalhadores/as de todo o País têm data-base no 2º semestre. Entre eles, metalúrgicos (602 mil), bancários (410 mil), químicos (327.823, incluindo no cálculo os 81.213 petroleiros da FUP), enfermeiros (120 mil), aeronautas (55 mil), aeroviários (18 mil), comerciários (194.437), Serviços (37.545), médicos e psicólogos (só de SP - 50 mil).

Também participarão do ato desta terça-feira na Paulista outras categorias que, apesar da data-base ser no 1º semestre, ainda não concluíram as negociações com os patrões, como é o caso do setor público. Na capital paulista, os servidores municipais e de autarquias ainda lutam pelo atendimento da pauta de reivindicações de 2014.

É IMPORTANTE ressaltar que cada categoria tem sua própria pauta de reivindicação. O que as unifica é a defesa da democracia e a busca por saídas econômicas que não prejudiquem ainda mais os trabalhadores e que revertam as perspectivas de fechamento de vagas de trabalho.

Um dos principais objetivos da Campanha Salarial Unificada é fortalecer a defesa dos empregos. E, portanto, defender a Petrobrás, que vem sofrendo seguidos ataques dos setores conservadores. A rede de fornecedores do setor petroleiro é formada por cerca de 70 mil empresas, que têm sido prejudicadas pelo modo como as investigações da Operação Lava Jato vem sendo conduzidas e o resultado são centenas de trabalhadores desempregados. Até agora mais de 40 mil trabalhadores já foram demitidos, entre eles 11,5 mil só das obras do Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.

A CUT defende uma investigação profunda, transparente e democrática, sem prejuízo ao processo de desenvolvimento econômico e social iniciado em 2003 pelos governos do PT, longe dos holofotes da mídia que transforma tudo em espetáculo, desde que as suspeitas atinjam os ‘inimigos’ de sempre: o PT e os movimentos social e sindical.