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Coletivo Nacional de Comunicação da CUT debate futuro do jornalismo sindical

2ª Oficina Nacional de Comunicação da CUT, que reúne dirigentes das CUTs estaduais e dos ramos vai até sábado (12), na sede do Dieese em São Paulo

Publicado: 10 Abril, 2025 - 19h20 | Última modificação: 11 Abril, 2025 - 08h21

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha

Roberto Parizotti (Sapão)
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Os comunicadores da CUT Nacional, das estaduais e dos ramos e dirigentes sindicais se reuniram nesta quinta-feira (10), para debater como as informações de interesse dos trabalhadores e das trabalhadoras cheguem mais rapidamente e de forma eficaz junto às suas bases e à população em geral, num momento em que as redes sociais são inundadas por fake news e desinformação.

A 2ª Oficina Nacional de Comunicação da CUT, na sede do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese), em São Paulo, foi coordenada pela secretária de Comunicação da CUT Nacional, Maria Faria e contou como convidados o secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, Ariovaldo de Camargo e o economista do Dieese, Leandro Horie.

Ariovaldo de Camargo expôs as dificuldades do momento em virtude dos reflexos dos ataques que os governos de direita fizeram ao movimento sindical e como a atual conjuntura econômica e política, diante de um Congresso Nacional conservador, ainda desfavorece a pauta da classe trabalhadora. Outro ponto abordado pelo dirigente foi como fazer com que a comunicação chegue aos jovens trabalhadores que desconhecem a importância e atuação dos sindicatos na defesa de seus direitos.

“Embora hoje as redes sociais sejam os meios de comunicação que os jovens mais veem, é preciso voltar às portas das empresas e dialogar com os trabalhadores. Não é convidando um jovem para o baile da terceira idade que ele vai preferir deixar de ir ao baile funk”, disse e completou: “nossa juventude está sem sonho e nós deixamos nossa juventude deixar de sonhar”.

Roberto ParizottiRoberto Parizotti

Convidado a falar sobre os impactos da Inteligência Artificial (IA) no trabalho, o economista Leandro Horie, que tem estudado o tema, deu um panorama de como as consequências de seu uso afetarão o mundo do trabalho. Por um lado, a previsão é de que haverá mais emprego para os que se capacitarem para o setor. Por outro lado, ao contrário da revolução industrial, a probabilidade é a de menos empregos e baixos salários.

“O ciclo de formação e profissional vai tornar muito mais curto e há uma tendência, o que a gente chama de miolo no mercado de trabalho, de ocupações técnicas, que não são as que pagam o maior salário, mas que também não são a base do mercado de trabalho, que serão os empregos mais afetados. Então o que vai acontecer? Muitas dessas pessoas que perderão o emprego, elas não vão conseguir subir e vão ter queda na renda, o que chamamos de polarização salarial”, explicou.

Leandro também discorreu sobre a necessidade de regulação das IAs e como os Estados Unidos, Europa e Brasil vêm tratando do tema e seus impactos na comunicação.

 Veja aqui as fotos da Oficina.