Escrito por: Redação CUT
Em 24 horas foram registradas 553 mortes em decorrência da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. No mesmo período, foram confirmados 45.961 novos casos
Nesta segunda-feira (31), Brasil registrou 121.381 vidas perdidas e 3.908.272 pessoas contaminadas pela Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Em 24 horas, foram registradas 553 mortes e 45.961 novos casos confirmados da doença.
O país registrou em agosto queda de 12% no total de óbitos em relação ao mês anterior. Foram 28.947 em agosto contra 32.912 em julho, mas continua o segundo o mundo com mais casos e mortes provocadas pela Covid-19.
Também houve redução na média móvel. Nos últimos 14 dias, eram 971 óbitos, agora 866 vidas perdidas diariamente, uma queda de 11%. O Nordeste apresenta desaceleração de 20% na variação de 14 dias em razão da doença. As outras tiveram estabilidade no índice: Centro-Oeste (-9%), Norte (-8%), Sudeste (-9%) e Sul (-15%).
E neste cenário de controle apenas moderado, após sucessivos erros na coordenação nacional que deveria combater à pandemia, o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, nomeou nesta segunda-feira (31) o veterinário Laurício Monteiro Cruz para um cargo que é considerada peça-chave na luta contra a Covid-19. Ele vai comandar o Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde, que gerencia campanhas de vacinação e a distribuição de imunizantes em todo o território brasileiro, entre outras.
Desde o general que assumiu a pasta, em 15 de maio, quando o Brasil registrava 14.817 mortes e 218.223 casos confirmados, o Ministério da Saúde enfrentou várias crises, entre elas, a falta de transparência nos dados da Covid-19 no país. O caso levou vários veículos de imprensa a se unirem para fazer um monitoramento com os dados das secretárias estaduais. Após a entrada do general, com a demissão do segundo ministro da Saúde, Nelson Teich, o número de casos e mortes de coronavírus explodiu no país.
De acordo com a ONG Transparência Internacional (TI) – Brasil, o governo federal é menos transparente no uso dos recursos para o combate à pandemia do que a maioria dos estados brasileiros. Ainda segundo o levantamento, divulgado nesta terça-feira (1) pelo UOL, se fosse uma unidade da federação, a União estaria empatada com Roraima na 22ª colocação
A ausência de uma ação coordenada de Jair Bolsonaro (ex-PSL) tornou o Brasil o segundo no mundo em números absolutos de casos e mortes, atrás apenas dos Estados Unidos que têm números piores, com mais de 183 mil mortos e 6 milhões de casos, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.
Quatro estados registra alta na média de mortes
Rio de Janeiro, Rondônia, Amapá e Tocantins apresentam alta na média de mortes por dia. As maiores altas foram registradas no Amapá e no Tocantins, mas o governo do Amapá diz que as altas dos últimos dias se devem a registros de mortes que ocorreram em outros períodos.
No Rio de Janeiro, a alta de óbitos é de 64% de óbitos, considerando a média móvel do dia 17.
Nove estados têm estabilidade
Nove estados aparecem com estabilidade na média de mortes porque não registraram uma variação maior de 15 por cento para mais ou para menos: Rio Grande do Sul; São Paulo, que passou nesta segunda das 30 mil mortes por Covid; Goiás; Mato Grosso do Sul; Mato Grosso; Pará, Bahia, Maranhão e Piauí.
Treze estados têm redução
Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Acre, Amazonas, Roraima, Alagoas, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe são os treze estados que têm redução na média diária de mortes. As maiores quedas foram registradas em Roraima e no Acre.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Sudeste é a região do país com mais casos e mortes por Covid-19: são 1.355.791 infecções (quase 35% do total) e 54.572 vidas perdidas (45% do total). Depois, aparece o Nordeste, com 1.145.097 contaminações e 35.120 óbitos; o Norte, com, respectivamente, 537.057 e 13.476; o Sul, com 435.496 e 8.985; e Centro-Oeste 434.831 e 9.228.
Salvador
Salvador registra 49% na taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva (UTI) para tratamento da Covid-19. Este é o menor percentual desde 27 de maio de 2020.
A cidade segue aos poucos na retomada das atividades econômicas com uma série de protocolos. Há um grande fluxo de pessoas nas ruas, no transporte, o que preocupa os especialistas. No último final de semana, as praias estavam cheias de banhistas. A prefeitura mantém decreto que restringe o banho de mar.
No interior do estado, a cidade de Lençois, que havia planejado a retomada do turismo na Chapada Diamantina, recuou nas medidas restritivas para retomada das atividades por conta do pico de 300% em número de infectados em uma semana.
Em todo o estado, 5.425 pessoas perderam a vida pela doença.
Com colaboração da CUT-BA