Escrito por: Redação CUT
O total de óbitos em consequência da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, chegou a 116 580. E o total de casos confirmados passa de 3.669.995, segundo o Ministério da Saúde
A velocidade de transmissão do novo coronavírus voltou a subir na semana passada no Brasil, depois de ter descido pela primeira desde o início da pandemia, em março deste ano. Nesta terça-feira (25), o Brasil registrou 1.271 mortes e 47.134 novos casos confirmados de Covid-19 em 24 horas.
De acordo com Imperial College, uma das melhores universidades do mundo e referência em acompanhamento de epidemias no mundo, a taxa de transmissão (Rt) no Brasil é 1, ou seja, um infectado pode transmitir a doença para uma pessoa, o que é considerado alto.
Os cálculos da universidade são feitos com base no número de mortes por Covid-19. Na semana passada, como informa a Folha de S. Paulo, o índice desceu pela primeira vez e ficou abaixo de 1, o que indicava uma desaceleração da transmissão.
O total de óbitos e casos da doença no Brasil chegou a 116 580 e 3.669.995, respectivamente, segundo o Ministério da Saúde. Desses, 2.848.395 (77,6%) correspondem aos que se recuperaram da infecção e 705.020 (19,2%) estão ainda em acompanhamento.
Mesmo sem ter controlado a pandemia nas grandes cidades brasileiras, em comparação com outros países da América Latina, o Brasil tem um dos maiores índices de retorno aos postos de trabalho, à frente de Argentina, Colômbia, México e Chile. A pandemia piorou em 43% das grandes cidades que retomaram as atividades econômicas.
Os dados da Covid-19 no Brasil desmentem o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) que, na segunda-feira (24), participou do evento “Brasil Vencendo a Covid-19”, no Palácio do Planalto, e enalteceu o seu governo no combate da pandemia. Bolsonaro sequer prestou solidariedade às 115 mil famílias enlutadas até a data do evento.
No cenário mundial, o Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que lidera com 5,7 milhões de casos confirmados e 178.410 mil mortes.
Mortalidade de negros em SP
Epicentro da pandemia no Brasil, no estado de São Paulo a mortalidade por Covid-19 entre negros é 60%, maior que entre brancos, diz estudo realizado pelo Instituto Pólis.
A análise reforça a desigualdade entre brancos e negros e o racismo estrutural no Brasil. De acordo com o levantamento, de março a julho foram 157 mortes de pessoas brancas para cada 100 mil habitantes. Entre negros, foram 250 óbitos para cada 100 mil habitantes.
O estado registra no total 28,9 mil óbitos e 765,6 mil casos de coronavírus, desde o inicio da pandemia.
Estados
Os estados de Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Tocantins apresentam aumento da média móvel de mortes em relação à média registrada 14 dias atrás.
As maiores altas de mortes registradas nesta terça-feira foram no Rio de Janeiro e na Bahia. De acordo com o governo baiano, 70 mortes registradas nesta terça ocorreram em várias datas e estavam represadas. Já no rio de Janeiro, de acordo com o governo do estado, há uma recontagem nos números de mortes desde o início da pandemia, por isso a alta.
No caso da Bahia, o estado passou dos 5 mil mortos e muitas cidades continuam registrando crescimento no número de infectados com o novo coronavírus. Em Itabuna, a taxa de crescimento nas últimas 24h foi de 12,71%.
A cidade ocupa o terceiro lugar e com 9.479 infectados desde o início da pandemia. Já Salvador registra 73.198 casos de Covid-19 e a taxa de crescimento de 1,23% também nas últimas 24h entre a segunda e a terça. Em todo o estado, 240.939 pessoas foram infectadas e 5.078 óbitos pela doença.
Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Paraíba e Rio Grande do Norte são os nove estados que apresentam estabilidade porque não registraram variação significativa nas médias móveis em relação a 14 dias atrás.
Já Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Acre, Amazonas, Roraima, Alagoas, Ceará, Maranhão, Piauí, Sergipe e Pernambuco estão com redução na média diária de mortes.