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Com 32.455 casos em 24 h, taxa de transmissão da Covid volta a ficar descontrolada

Brasil já tem 4.628.431 casos confirmados do novo coronavírus e 906 pessoas morreram em 24 horas

Publicado: 24 Setembro, 2020 - 12h18 | Última modificação: 24 Setembro, 2020 - 12h22

Escrito por: Redação CUT

Bruno Kalli - Fotos Públicas
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Com a taxa de transmissão da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, voltando aos patamares de descontrole do início da pandemia, o Brasil registrou 906 mortes e 32.455 novos casos confirmados em apenas 24 horas, até às 20h desta quarta-feira (23).

Na manhã desta quinta-feira (24), segundo o consórcio de imprensa, o número de vítimas fatais da Covid-19 chegou a 139.133 mil e o de casos confirmados a 4.628.431. 

A média móvel de mortes, calculada com base nos números de mortos dos últimos sete dias, é de 699, o que representa estabilidade em relação aos últimos 14 dias.

A nova avaliação do Imperial College de Londres, referência mundial no estudo da pandemia, o índice de transmissão é de 1, ou seja, está no limiar dos níveis de descontrole. Isso significa que cada infectado transmite a doença para mais uma pessoa.

Na última divulgação do estudo, o Brasil registrou a menor marca desde a intensificação da pandemia, com Rt em 0,90, mas não conseguiu manter a queda. Até agosto, o país chegou a ficar por 16 semanas consecutivas com o índice de transmissão acima de 1, sendo o país da América Latina com mais longa permanência nos altos patamares de transmissão.

Em número de contaminados, o Brasil continua como o terceiro país mais afetado pela pandemia, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins. Está atrás de Estados Unidos (6,9 milhões) e Índia (5,7 milhões), que ocupam a primeira e segunda posição, respectivamente. No entanto, em relação ao total de óbitos, o Brasil se mantém em segundo lugar.

Em comparação aos países da América Latina, o Paraguai também voltou aos níveis de descontrole da doença (de 0,97 para 1,11). Com índices acima de 1 estão ainda: Costa Rica (1,09), Venezuela (1,09), Argentina (1,08) e Panamá (1,06). Próximo a marca há o Chile (0,98), Peru (0,97), El Salvador (0,92), República Dominicana (0,92).

Situação dos estados

Amazonas, Amapá, Bahia, Goiás e Rio de Janeiro (19%) tiveram alta na variação da média móvel de mortes nos últimos 14 dias.

Maranhão, Pernambuco e Rio Grande do Norte apresentaram alta no dia anterior, mas voltaram à estabilidade de mortes nesta quarta.

No total, 11 estados estão em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente: Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Pará, Tocantins, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Rondônia e Piauí passaram da estabilidade para a queda de mortes.

Outro 10 estados e o DF também estão em queda: Santa Catarina, Espirito Santo, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Roraima, Alagoas, Piauí e Sergipe.

Covid-19 em São Paulo e vacina Coronavac

O Estado de São Paulo, que tem os maiores números absolutos da Covid-19 no país, registrou 951.973 casos e 34.492 óbitos nesta quarta. Em 24 horas, foram contabilizados 6.551 casos confirmados e 226 mortes.

A taxa de ocupação em leitos de UTI na Grande São Paulo é de 46,1%, enquanto no Estado esse índice é de 46,9%.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (23), o governador João Doria (PSDB) anunciou que o estudo clínico realizado em mais de 50 mil voluntários na China indicou a segurança da Coronavac, a vacina contra a Covid-19 desenvolvida em parceria do laboratório Sinovac e o Instituto Butantã, que está na fase 3 de testes.

De acordo com o governo, a expectativa é que a vacinação possa ter início ainda na segunda quinzena de dezembro e chegue a 60 milhões de doses até fevereiro.