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Com 50,6 mil mortos, Brasil tem ruas cheias e desrespeito às medidas de proteção

O Brasil já registra a triste marca de 1.085.038 pessoas infectadas pelo vírus e 50.617 mortes

Publicado: 22 Junho, 2020 - 11h47

Escrito por: Walber Pinto

Edson Rimonatto/CUT
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Apesar do aumento de casos confirmados e mortes por Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, praias e ruas ficaram cheias neste final de semana. É como se no Brasil não existisse uma pandemia que já infectou mais de 1 milhão de pessoas e matou mais de 50 mil brasileiros, o pai, o irmão, a mãe, uma irmã, o colega de trabalho, o amigo de alguém.

Neste domingo (21), foram registradas mais 17.459 contaminações  e 641 mortes em 24 horas, conforme dados do Ministério da Saúde. No total, o país registra 1.085.038 de casos e 50.617 óbitos.

Pandemia "continua acelerando" no mundo

Em um dia, 183 mil novos casos do novo coronavírus foram registrados no mundo, quase 30% ocorreram no Brasil. Nenhum país da Europa Ocidental registrou mais de 10 mil casos novos  neste domingo.

O mundo bateu recorde com um milhão de casos registrados em apenas oito dias, advertiu nesta segunda-feira (22) o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Os países mais afetados são Estados Unidos (119.977 mortos), Brasil (50.617), Reino Unido (42.717), Itália (34.634) e França (29.643), segundo dados da universidade americana Johns Hopkins às 9h45 desta segunda-feira (22).

Estados com mais casos

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, o estado de São Paulo continua com o maior número de casos e de mortes - 219.185 e 12.588, respectivamente. As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 69,3% na Grande São Paulo e 65,9% no Estado.

O Rio de Janeiro mantém-se na segunda posição, com 96.133 infectados e 8.875 óbitos. O Ceará continua sendo o terceiro, com 92.866 notificações e 5.523 casos fatais. 

Desrespeito às medidas de isolamento pelo país

Mesmo com a explosão de casos de coronavírus e aumento no número de mortes, o isolamento social afrouxou de vez no país. No Rio de Janeiro, as praias e ruas ficaram cheias, centenas de banhistas foram vistos na areia descumprindo a medida as medidas sanitárias de isolamento social e uso de máscaras.

Em São Paulo, as ruas ficaram movimentadas com carros e pedestres circulando e muita gente também não cumpria as medidas de isolamento e proteção pessoal, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto não for descoberta uma vacina ou remédio para combater o novo coronavírus.

No Recife, a Praia de Boa Viagem e o Parque da Jaqueira registraram movimento intenso de pessoas neste domingo (21). Em ambos os locais, várias pessoas foram vistas sem máscara, desrespeitando o decreto estadual.

Em Fortaleza, capital do Ceará, a praia de Iracema, um dos pontos de maior movimento na capital, policiais removeram banhistas que descumpriram às medidas sanitárias. Além da fiscalização, os agentes orientaram a população sobre isolamento social e verificaram, ainda, o uso obrigatório de máscara.

Em Juazeiro do Norte, município cearense prestes a entrar em regime de isolamento social mais rígido, o mercado municipal, também conhecido como Mercado do Pirajá, teve aglomeração na manhã de domingo.

No Ceará, o número de casos da Covid-19 chega a 92.866 e o de óbitos a 5.523, de acordo Secretaria da Saúde do Estado.

Já em Manaus, com a redução de casos do novo coronavírus em junho levou a população a ter a ‘falsa sensação de segurança’. Neste domingo, foram registradas aglomerações em alguns pontos da cidade e a praia Ponta Negra teve movimento intenso de pessoas.

Especialistas na área da saúde alertam que Manaus para um novo pico em agosto.