MENU

Com alta dos alimentos inflação dispara, chega a 4,52% e fica acima da meta

Alimentos e o grupo habitação foram os maiores responsáveis pela alta de inflação- um recorde desde 2006

Publicado: 12 Janeiro, 2021 - 10h07 | Última modificação: 12 Janeiro, 2021 - 10h26

Escrito por: Redação CUT

Roberto Parizotti
notice

A inflação oficial do Brasil em 2020 ficou em 4,52%, a maior desde 2016 (6,29%), de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede o impacto dos preços nas famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, e é apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA divulgado nesta terça-feira (12), ficou 0,52% acima da meta projetada pela equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), de 4%,mas dentro da margem de tolerância de 1,5% para baixo ou para cima.

A meta do governo nãofoi tingida porque a inflação medida em dezembro subiu 1,35%, acima 0,46 % de novembro (0,89%). Esta é a maior variação mensal desde fevereiro de 2003 (1,57%) e o maior índice para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%).

Alimentos subiram acima da inflação

O maior impacto no bolso das famílias brasileiras veio da alimentação e das bebidas com alta de 14,09% . Este é o maior índice desde 2002 (19,47%).

Os produtos que mais subiram foram o óleo de soja (103,79%) e o arroz (76,01%) , seguidos por leite longa vida (26,93%), frutas (25,40%), as carnes (17,97%), a batata-inglesa (67,27%) e o tomate (52,76%).

Dólar alto e auxílio puxaram inflação, diz IBGE

De acordo com o Instituto, a alta dos preços foi provocada, principalmente, pelo aumento na compra de alimentos pela população beneficiada pelo auxílio emergencial que terminou em dezembro passado. A alta do dólar e dos preços das commodities no mercado internacional. 

 

IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses

Região

Peso Regional (%)

Variação (%)

Variação Acumulada (%)

Novembro

Dezembro

Ano

São Luís

1,62

1,01

2,18

5,71

Porto Alegre

8,61

0,80

1,85

4,22

Rio de Janeiro

9,43

0,69

1,62

4,09

Recife

3,92

0,36

1,60

5,66

Belo Horizonte

9,69

0,95

1,53

4,99

Campo Grande

1,57

0,87

1,51

6,85

Belém

3,94

0,48

1,51

4,63

Fortaleza

3,23

0,80

1,46

5,74

Vitória

1,86

0,97

1,41

5,15

Curitiba

8,09

0,87

1,38

3,95

Rio Branco

0,51

1,10

1,37

6,12

Goiânia

4,17

1,41

1,22

4,33

Brasília

4,06

0,35

1,12

3,40

São Paulo

32,28

1,04

1,09

4,40

Salvador

5,99

1,17

0,92

4,31

Aracaju

1,03

0,42

0,91

4,14

Brasil

100,00

0,89

1,35

4,52

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços