Como disse a secretária de Juventude da CUT, Cristiana Paiva, que também é presidente do Comitê de juventude da Confederação Sindical das Américas (CSA), “os jovens são a voz do presente!”
Jovens sindicalistas da CUT, das mais variadas regiões e ramos de atividades, estão a caminho da Praia Grande, em São Paulo, para o Encontro Nacional de Juventude e Formação, que acontecerá de 24 a 27 de março de 2022. O encontro faz parte do projeto “Juventude CUT-DGB”, que tem o apoio da DGB Bildungswerk, instituto de formação e cooperação internacional da DGB.
O Coletivo Nacional de Juventude vai debater sobre as ações de formação e planejamento para o próximo período. O projeto Juventude CUT-DGB está focado na formação e organização das trabalhadoras e trabalhadores. [veja a programação completa aqui]
A secretária Nacional de Juventude da CUT, Cristiana Paiva, disse que é importante que a juventude esteja nos debates do movimento sindical, não só nas ruas. Segundo ela, a juventude trabalhadora também quer discutir política e uma reestruturação do sindicalismo para ampliar a participação dos jovens na luta por um mundo melhor e mais justo.
Ela disse que durante os quatro dias, jovens trabalhadores de diversos ramos de todo país vão debater, horas sozinhos e horas com a Rede Nacional de Formação, uma reestruturação do movimento sindical, com mais jovens nos debates nos sindicatos, federações, confederações e na própria CUT brasil, mas ressalta que a eleição de 2022 é foco da juventude para o próximo o período.
“O nosso encontro não é só o processo organizativo, com o debate de criar o planejamento hibrido, com momentos presenciais e virtuais, para debatermos as pautas a juventude e das nossas eleições de 2022, que é o momento importante. Momento de esperança de ter esperança na mudança do cenário brasileiro”, disse a dirigente, que complementa:“A gente sofreu tanto nestes anos de Bolsonaro, que a gente quer mudar. A gente precisa ter esperanças e perspectivas , principalmente para estes jovens que estão entrando no sindicato, a gente precisa dialogar e fazer o trabalho de ampliar os direitos, fortalecer nossa luta para que a gente possa ter os nossos sonhos e as nossas esperanças renovadas com Lula em 2022”.
Devidamente vacinadas e vacinados, e com os cuidados necessários, este encontro representa um momento muito especial, destacou a diretora Interina do Escritório da DGB BW para a América Latina, Flávia Silva. Para ela, é indelegável a tarefa da formação sindical da CUT e o potencial transformador e questionador da juventude que, seguramente, contribuirão para a construção de um sindicalismo representativo "afinal este é o objetivo deste projeto e desafio neste encontro. Não há como pensar a ação sem refletir de forma organizada e crítica”.
Flavia ressalta que o projeto é focado na formação e organização das trabalhadoras e trabalhadores jovens, e tudo isso em um contexto em que não apenas os empregos, mas as relações de trabalho em sua totalidade sofrem transformações estruturais: contratos de trabalho viraram termos de adesão, chefes viraram avaliações em APPs, e demissões viraram bloqueios.
“Não se pode pensar em um futuro mais desenvolvido sem investir em quem está hoje, fazendo este futuro acontecer. Se deixarmos para ouvir os jovens amanhã, eles já não serão mais jovens e tampouco refletirão as necessidades e capacidades da juventude. Como muito bem diz a juventude da CSA, os jovens são a voz do presente!”, afirma Flávia.
Sobre o Encontro Nacional da Juventude
Durante o encontro, os debates serão em torno do Balanço e perspectivas na organização da juventude na relação com o projeto Juventude CUT/DGB e sobre o papel da juventude trabalhadora na disputa de 2022. Também terá debates em grupos e algumas vezes só entre a juventude e outros momentos vai integrar com o processo formativo do projeto, como vem acontecendo durante toda a proposta de ação do projeto juventude-DGB.
Para a secretária de Formação da CUT, Rosane Bertotti, “esta trajetória formativa conjunta com a juventude CUTista é fundamental para o fortalecimento da relação entre secretarias, fortalecer a organização e formação da juventude trabalhadora e construir os próximos passos de construção coletiva”.
E, segundo a secretária-adjunta de Formação da CUT, Sueli Veiga, “será um desafio, mas também uma possibilidade de articulação junto com a juventude, de reafirmamos a importância da caminhada até aqui e de continuarmos a parceria entre a formação e a juventude, afinal a Política de Formação está sempre ligada a estratégia da nossa organização”.
Parceria histórica
Flavia relembra que a parceria entre DGB e CUT é histórica e nos remete à luta contra a ditadura militar, pela redemocratização da sociedade brasileira e pela liberdade sindical e que o movimento sindical CUTista é um parceiro estratégico na região.
“Sociedades onde a liberdade e a organização sindical são maiores também são sociedades mais desenvolvidas, e esta é a linha de nossa cooperação, uma cooperação para o desenvolvimento. Aqui não cabe detalhes, mas vale ressaltar que não estamos falando de desenvolvimento apenas econômico, mas na sua totalidade e sustentável também nos âmbitos político, social e ambiental”, destaca a diretora Interina do Escritório da DGB BW para a América Latina, que finaliza: “Como muito bem diz a Cristiana, que também é presidente do Comitê de juventude da Confederação Sindical das Américas (CSA), “os jovens são a voz do presente!”
