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Com avanço da Covid-19, bancários cobram manutenção e reforço do teletrabalho

Comando Nacional dos Bancários vai se reunir com representantes da Fenaban na sexta (20), às 15h

Publicado: 18 Novembro, 2020 - 16h34 | Última modificação: 18 Novembro, 2020 - 16h47

Escrito por: Redação CUT

Reprodução/SPBancários
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Com o avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil e  no mundo, o Comando Nacional dos Bancários cobrou da Fenaban (federação dos bancos) a realização de uma mesa de negociação para discutir saúde e proteção para os bancários e bancárias, com a manutenção e reforço do teletrabalho. A negociação foi confirmada para esta sexta-feira (20), às 15h.

As lideranças da categoria avaliam que o momento é de manter e reforçar medidas de isolamento social, principalmente, o teletrabalho.

“Entendemos que não é o momento de baixar a guarda. A atuação do movimento sindical bancário junto aos bancos, logo no início da pandemia, garantiu que grande parte da categoria fosse encaminhada para o teletrabalho”, diz a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva.

“Nossa cobrança, neste momento, em que os números de contaminações e internações voltam a crescer, será no memo sentido: manter e reforçar o teletrabalho na categoria durante a pandemia, principalmente no que diz respeito aos trabalhadores do grupo de risco”, completou a presidenta.

Segunda onda

Nesta terça-feira, foi registrado em todo o mundo 11.115 mortes por Covid-19, um novo recorde diário que supera o de 11 mil óbitos no dia 4 de novembro, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins. Na semana anterior, foram registrados quatro milhões de novos casos no planeta e quase 60 mil pessoas morreram devido à doença no mesmo período, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O pico de mortes durante a primeira onda da pandemia foi de 8.365 pessoas, no dia 17 de abril.

No Brasil, a média móvel de mortes por Covid-19 dos últimos 7 dias foi de 557, a maior desde maio - variou +45% em comparação a média de 14 dias atrás. Já a média móvel de novos casos nos últimos 7 dias foi de 29.674 (+71% em relação a duas semanas atrás).

No total, até ontem, o país acumulava 166.743 vidas perdidas para a doença e 5.909.002 pessoas contaminadas. 

Teletrabalho

 

Para a presidenta da Sindicato, os bancos já passaram pela fase de adaptação dos processos para o teletrabalho e não faz sentido desmontar todo um sistema de teletrabalho para possivelmente ter de voltar atrás, ‘deslocando novamente os trabalhadores, no caso de uma segunda onda. Devemos, sempre, priorizar a vida’, afirma Ivone.

Mais internações em SP, PR e SC

O Brasil, que nem mesmo saiu da primeira onda, voltou a registrar alta nas internações, em especial nos hospitais particulares.

O estado de São Paulo registrou média móvel de mais de mil internações decorrentes da Covid-19 no domingo 15. Na última quarta-feira 11, foram 1.145, o maior registro desde 10 de outubro. De 17 regiões do estado, 13 registraram aumento nas internações.

Dados da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo mostram que o número de pessoas internadas com a doença na capital paulista cresceu 11,8% nas últimas quatro semanas – até a última sexta-feira 13. Além disso, o número de pessoas em UTIs subiu 71,5%.

“As infecções por Covid têm aumentado na cidade de São Paulo entre as classes A e B nas últimas 3 semanas, e vários hospitais de que tenho informação ou vivência direta (Sírio, Oswaldo, 9 de Julho, Samaritano, Santa Paula, São Luiz…) tiveram aumento significativo de atendimentos, e pelo menos dois desses estão lotados”, relatou a infectologista Chrsitina Fallafrio Novaes, do Hospital das Clínicas, em áudio divulgado pela coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

No Paraná e em Santa Catarina, hospitais públicos e privados já começaram a adiar cirurgias eletivas, que não têm urgência, para liberar leitos para pacientes com Covid-19.  A capital do Paraná, que acumula 214.210 casos e 5.216 mortes, registrou nesta terça mais 1.500 novos casos de Covid-19 – no total são 60 mil casos. A secretaria da Saúde do estado disse que a suspensão das cirurgias eletivas é temporária, mas não há uma data para retomada dos procedimentos.

Em Santa Catarina, que acumula 260.057 casos e 3.114 mortes, as cidades de Florianópolis, Balneário Camboriú e Itajaí também adiaram as cirurgias eletivas. Criciúma, que também registra aumento significativo do número de internações, também vai adiar. O número de pacientes internados com Covid no estado saltou de 21 para 107 nos dois hospitais da cidade.