Escrito por: Redação CUT
País já registrou 13.517.808 infecções e 354.617 mortes, sendo o segundo com mais registro de óbitos e o terceiro com mais diagnósticos positivos no mundo, atrás da Índia e Estados Unidos, países mais populosos
Com 1.738 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, o Brasil atingiu nesta segunda-feira (12) a maior média móvel de vidas perdidas em decorrência da doença desde o início da pandemia no Brasil.
A média móvel dos últimos sete dias é 3.125 mortes por dia. É a maior média desde fevereiro do ano passado, quando os primeiros casos de Covid-19 surgiram no Brasil. O recorde até o momento havia sido registrado no início deste mês, em 1º de abril, com 3.117 mortes. Os cálculos são do consórcio de imprensa.
Vale ressaltar que esse número pode aumenta nesta terça-feira (13) porque há defasagem de dados do final de semana por conta dos plantões dos trabalhadores de saúde. Nas terças-feiras os números costumam ser maiores.
Com a piora da pandemia de Covid-19, doença provocada pelo do novo coronavírus, no Brasil, na última semana o país registrou, pela primeira vez, mais de 4 mil mortes diárias pela doença duas vezes. Nesta segunda-feira (12), de acordo com o balanço do consórcio de imprensa, o Brasil confirmou mais 1.738 óbitos e 38.866 novos casos.
Com isso, o país acumula um total de 13.517.808 de pessoas infectadas e 354.617 vidas perdidas desde o início da pandemia e ocupa o segundo lugar no ranking dos países com mais registro de óbitos e o terceiro com mais diagnósticos positivos. O Brasil está atrás da Índia e Estados Unidos, respectivamente, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins. Ambos os países são muito mais populosos do que o Brasil, que tem cerca de 211 mil habitantes. A população da Índia é de 1,366 bilhão e a dos EUA é de 328,2 milhão.
Atualmente, os números da pandemia no Brasil são os piores no mundo. As mortes representam mais de 35% dos novos registros, mesmo o país representando 2,7% da população mundial.
O estado de Goiás registrou nesta segunda-feira 256 mortes por Covid-19, sendo a federação com o maior número de vítimas no dia. Outros três estados também superaram a barreira de 100 óbitos no dia: São Paulo (181), Rio Grande do Sul (166) e Mato Grosso (104).
Governadores do PT vão ao STF pedir liberação da vacina Sputnik V
Enquanto a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) demora, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), divulgou um vídeo nas redes sociais nesta terça (13) informando que, caso a Anvisa não libere o uso da vacina russa Sputnik V no Brasil, vai ingressar com pedido no Supremo Tribunal Federal.
Nesta segunda (12) o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), informou que o estado acionou o STF para que a Anvisa autorize a liberação de 5,87 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 Sputnik V, desenvolvida pela Rússia e comprada de forma direta pelo estado nordestino com o Fundo Soberano Russo.
"Essa vacina, que foi comprada pelos estados, numa parceria também com o Ministério da Saúde, é importantíssima para o momento do Brasil. Uma vacina, que já foi comprovada, tem segurança e uma boa eficácia na imunização, usada em 58 países. Queremos uma decisão baseada na lei 124 de 2021. Quis o Congresso brasileiro que vacina que já foi aprovada por agência reguladora de outro país possa ser utilizada no Brasil para salvar vidas. É tudo que precisamos neste momento, mais vacinas”, disse o governador do Piauí.
Vacinação lenta
Enquanto as médias móveis alcançam recordes semana após semana, o ritmo de vacinação tem diminuído nos últimos dias. Com atrasos na importação de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) e sem produção autônoma da matéria-prima já incorporada, o país só conseguiu atingir por três dias a meta de um milhão de vacinados ao dia.
A previsão inicial para abril era de incorporar aproximadamente 47 milhões de doses, porém a nova garantia do governo central é de disponibilizar 30,5 milhões ao Programa Nacional de Imunização (PNI). Somente a partir de setembro há projeções para que o país comece a produzir vacinas 100% em território nacional.