Escrito por: Secretaria de Meio Ambiente/CUT
"Transição justa" contempla movimento sindical, mas a COP de Bonn deixou incertezas.
Encerrou-se na sexta-feira (17/11), a 23ª Conferência das Partes (COP 23) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima que ocorreu desde o dia 8 na cidade de Bonn, Alemanha.
A CUT esteve presente como parte da delegação sindical na COP, liderada pela CSI (Confederação Sindical Internacional), atuando, entre outros assuntos, na defesa de uma "transição justa" para trabalhadoras e trabalhadores e comunidades na implementação do Acordo de Paris, agenda que vem ganhando cada vez mais força e apoio entre diferentes atores no acordo.
Mesmo com avanços em relação à "transição justa", a COP de Bonn deixou muitas incertezas em relação à estrutura e governança e no que diz respeito à implementação do acordo, resultando num avanço limitado nas negociações de 2017. Com este resultado, as negociações do próximo ano ganham um peso ainda maior na conclusão das definições para o acordo que começa a valer em 2020.
Como centro de atuação para a COP 23, a delegação sindical demandou mais ambição dos países e ações concretas para antes de 2020. Além disso, foi resssaltada a importância de garantir os compromissos de financiamento e apoio aos mais vulneráveis na garantia de transição justa para os trabalhadores/as e comunidades.
Após a COP 21, onde o Acordo de Paris foi aprovado, as Conferências estão centradas no debate sobre como será a sua implementação, que deve iniciar em 2020. Por meio do Acordo, busca-se conter o aumento da temperatura média do planeta a partir de esforços dos países signatários.
"Transição justa", movimentos e as negociações do clima
Paralelamente às negociações oficiais, o movimento sindical, grupos de ambientalistas e organizações sociais têm feito um debate crítico em relação ao alcance ainda limitado das conferências. Em torno da agenda de transição justa o alerta é sobre como esta é incorporada acordo do clima. “O destaque cada vez maior desta agenda é resultado de anos de incidência de diferentes movimentos nas negociações e é fundamental que sejamos nós que continuemos na liderança da discussão sobre transição justa que agora se encontra em estágio decisivo para os próximos anos” afirmou Daniel Gaio, secretário de meio ambiente da CUT Brasil.
Veja as dmandas sindicais para a COP 23 aqui.