Escrito por: Redação CUT/Texto: André Accarini

Com imunizante bivalente, governo federal inicia campanha de vacinação contra Covid

"Movimento Nacional pela Vacinação” foi lançado pelo Ministério da Saúde nesta segunda (27). Campanha tem como meta reverter a baixa cobertura vacinal no país provocada pelos governos Temer e Bolsonaro

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Começou nesta segunda-feira (27) a Campanha de Vacinação 2023 contra a Covid-19. A ação intitulada "Movimento Nacional pela Vacinação”, cujo lançamento ocorreu às 15h, visa intensificar a imunização contra o coronavírus e tem como meta vacinar 90% da população. O pontapé inicial da campanha conta com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde, Nísia Andrade.

A campanha inclui imunizar brasileiros e brasileiras com a vacina bivalente da Pfizer, eficaz contra o vírus coronavírus original e contra as variantes e subvariantes ômicron. O presidente Lula foi vacinado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que é médico. O lancaçmento da campanha ocorreu no Centro de Saúde do Guará, região administrativa de Brasília. 

 

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Meta

Para a alcançar o maior número possível de pessoas, o Ministério da Saúde  montou uma estratégia que inclui cinco etapas.

Fase 1 – início em 27 de fevereiro: esta etapa visa alcançar 52 milhões de pessoas, com o reforço da vacina bivalente, e é destinada a pessoas com maior risco de formas graves de Covid-19; maiores de 60 anos; gestantes e puérperas, pacientes imunocomprometidos; pessoas com deficiência; pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP); povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas e trabalhadores e trabalhadoras da saúde.

Fase 2 – início em 6 de março: intensificação da vacinação contra a Covid-19, para toda a população maior de 12 anos.

Fase 3 – início em 20 de março: intensificação da vacinação contra a Covid-19 para crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos.

Fase 4 - início em 20 de abril: vacinação contra o vírus Influenza (gripe) para pessoas acima de 60 anos, adolescentes em medidas socioeducativas, motoristas de caminhão, pessoas com deficiências, professores profissionais do transporte coletivo, portuários, trabalhadores da saúde e outros grupos

Fase 5 – início em maio: dará prioridade à vacinação contra a poliomielite e o sarampo nas escolas.

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Revertendo a baixa cobertura vacinal

O Brasil já foi referência mundial em cobertura vacinal e erradicação de doenças. No entanto, ao longo dos últimos anos, desde 2016, após o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), o país tem sido ameaçado pela volta de doenças que haviam sido erradicadas, entre elas a poliomielite, a rubéola, a coqueluche, entre outras.

Marcas da gestão de Jair Bolsonaro (PL), nos últimos quatro anos, a negação à ciência e a disseminação de desinformação, além do desmonte do Programa Nacional de Imunização (PNI), aprofundaram o risco.

Bolsonaro deixou o governo em 31 de dezembro de 2022 com o mais baixo índice de vacinação desde 2015, último ano de Dilma na presidência. Isso se deve, além da retórica negacionista de Bolsonaro, desestimulando o uso de vacinas, ao corte de recursos na área.

Em, 2021, foram gastos R$ 33 milhões para campanhas de vacinação. O valor foi 52% menor que no ano anterior, quando foram destinados R$ 69 milhões.

Entre as maiores quedas nas taxas de vacinação estão a da tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola). Em 2015, 96% das crianças foram vacinadas. Em 2021, o índice caiu para 71%.

Em 2022, com a baixa taxa, o ministério da Saúde, ainda no governo Bolsonaro, tardiamente deu início a uma campanha de vacinação, que não obteve êxito. O total de imunizados não chegou a 70%.

Campanhas

Tradicionalmente, o Ministério da Saúde realiza duas campanhas anuais de vacinação, junto com Secretarias de Saúde de estados, municípios e Distrito Federal.

Uma dela é a campanhas da gripe, feita no primeiro semestre, antecedendo o período mais frio do ano. Outra é a atualização da Caderneta de Vacinação.

Importância da vacinação

O Ministério da Saúde reforça que muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação massiva da população.

Poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche são algumas dessas doenças. A importância de ‘manter a vacinação em dia’ é para que essas doenças não voltem a ameaçar a população. “A vacinação protege, pois, evita que essas doenças imunopreviníveis se espalhem”, diz o ministério em seu portal.

Os quase 50 tipos de vacinas estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e salas de vacinação do SUS. Somente para crianças e adolescentes são mais de 20 tipos de imunizantes. São eles:

Vacinação de crianças volta a ser obrigatória no Bolsa Família

A vacinação de crianças e a frequência escolar serão requisitos obrigatórios para os inscritos no Bolsa Família. No dia 6 de fevereiro, Lula confirmou a exigência. "O Bolsa Família está voltando e volta com uma coisa importante, volta com condicionantes. Quais são? Primeiro, as crianças de até 6 anos de idade vão receber R$ 150 reais a mais. Segundo, as crianças têm que estar na escola. Se não estiverem na escola, a mãe perde o auxílio. Terceiro, as crianças têm que ser vacinadas. Se não tiverem atestado de vacina, a mãe perde o benefício", disse o presidente em evento no Rio de Janeiro.