Escrito por: Érica Aragão com apoio do Coletivo de Comunicação da Juventude da CUT
Depois do encontro nacional presencial, encontros regionais e o coletivo de Comunicação da Juventude da CUT são as principais ações dos jovens diretores no próximo período
Eufóricos, entusiasmados, empolgados, felizes, cheio de gás, carga 100% recarregada ou mesmo um fôlego novo. Estas foram as palavras que foram ditas pelo Coletivo Nacional de Juventude para expressar a maior disposição de luta no fim do Encontro Nacional de Juventude e Formação, que aconteceu entre os dias 24 a 27 de março, na Praia Grande em São Paulo. Foi o primeiro encontro presencial do Coletivo Nacional da Juventude desde 2019.
Os jovens CUTistas encerram o encontro com uma agenda de ações para o próximo período. De abril até agosto, a juventude da CUT vai organizar encontros regionais pelo país, nos quais as responsabilidades serão dos dirigentes jovens do campo e da cidade, do sul ao norte do país, que participaram do Encontro Nacional, organizado pela DGB Bildungswerk, instituto de formação e cooperação internacional da DGB, através do Projeto:” Educação Sindical e Organização de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras no Brasil”.
Além disso, o grupo oficializou a organização no lançamento do Coletivo Nacional de Comunicação da Juventude para que possam ampliar o diálogo, tanto para dentro quanto para fora da central.
“O Encontro atingiu todas as nossas expectativas, inclusive de renovar a energia, conhecer o rostinho de cada secretário de juventude, conhecer a realidade das entidades de base e nos abraçar. Tudo isso fortalece a organização da CUT. Estes jovens estão angustiados com o que o país está vivendo, mas transforam este sentimento em força para continuar a luta, porque o país do jeito que está não dá para ficar”, afirma a secretária Nacional de Juventude, Cristiana Paiva.
Para ela, a juventude está fazendo sua parte e o que falta agora é o movimento sindical entender de fato o quanto é fundamental a organização de trabalho com a participação da juventude.
“O novo traz sentimento de que a gente vai conseguir, dá esperança que a gente vai vencer, de que tudo isso vai passar e uma primavera está se abrindo no movimento sindical. A juventude tem um papel estratégico nesse período da construção coletiva do sindicalismo que a gente quer e para dizer para a sociedade que este não é o país que queremos. Esse avanço da integração da formação e juventude, para dentro e fora desse espaço, é muito estrutural para essa renovação importante para todos os setores”, afirmou a secretária.
Roberto Parizotti (Sapão)
Troca de experiência mostra CUT em movimento
Além dos debates sobre “Balanço e perspectivas na organização da juventude na relação com o projeto juventude DGB” e “O papel da Juventude trabalhadora na disputa de 2022”, os jovens CUTistas participaram de místicas, fizeram teatro, músicas, reportagens e gravação das atividades e até um programa de entrevista com pessoas de grande referência para a juventude, com a atual secretária-adjunta de Combate ao Racismo, Rosana Souza, e o presidente da Federação dos Urbanitários da Região Sudeste, Esteliano, ambos já passaram pela juventude da CUT.
“Após esse longo período de afastamento na pandemia, o encontro veio como um fôlego novo, nos dando força para mudar o quadro de ataque à classe a trabalhadora que estamos vivendo nos último tempos. A troca de experiência com a juventude, de várias partes desse país e dos diversos ramos, nos faz perceber que mesmo fragilizados a luta continua e a juventude da CUT continua em movimento, disse a secretária de Juventude da CUT Paraíba, Jessica Andrade.
Para a Diretora de Política Sindical e Imprensa do SINTRAM SJ e nova coordenadora do Coletivo de Juventude da CUT Santa Catarina (SC), Graziele Justino, o encontro presencial é fundamental para o movimento sindical criar laços e alianças.
“Foi fundamental a gente se conhecer para criar este vínculo, mas também para que pudéssemos pensar em instrumentos para trabalhar nas nossas bases, e táticas, principalmente de comunicação, para dialogar com essa juventude no trabalho informal, como por exemplo. Minha expectativa é que a gente consiga trabalhar nas ruas e nas redes na luta por um Brasil de possibilidades para a juventude”, destacou.
Segundo a secretária Nacional da Juventude do PT, Nádia Garcia, a construção coletiva do plano de ação para 2022 e a troca de experiência foram fundamentais para o tal gás que a galera está destacando.
“O Encontro Nacional de Juventude da CUT foi uma oportunidade de conhecer mais das experiências e vivências da juventude trabalhadora organizada. Trocar com representantes de todo o país e construir juntos um planejamento para esse ano nos ajuda a nos organizar enquanto juventude”, destaca.
Jovens chamam mais jovens
Para a Secretária-Geral do Sinttel-MG e Secretária de Juventude da CUT Minas, Lourdes Pires, todos os debates feitos nesses dias “nos fortaleceram, nos deram um gás a mais para reorganizar nossos coletivos de Juventude e tivemos a oportunidade de discutir vários assuntos relevantes para o próximo período, como por exemplo, a importância da juventude nas eleições 2022 e também a importância de nos organizarmos em nossas bases”.
A diretora do Sintect DF e secretaria de juventude CUT DF, Yslene Rayane de Sousa, disse que a troca de experiências ajuda a ampliar o diálogo com os jovens das nossas bases, abre a mente e reorganiza as ideias para os coletivos dos estados.
“A gente volta renovada para começar um processo de reagrupamento da juventude CUTista no estado e para ganhar mentes e corações destes jovens trabalhadores. Queremos mostrar para as trabalhadoras e os trabalhadores a realidade de retirada de direitos no governo Bolsonaro e fortalecer esses jovens dentro da sua classe pertencente para montar um processo de reconstrução dos direitos da juventude, de trabalhar, estudar e até mesmo o direito ao lazer”, ressalta.
Iana Aguiar, diretora de Comunicação da Federação Nacional dos Psicólogos (FENAPSI) e secretária de Juventude da CUT Bahia, complementa: “O encontro foi tão bom que estou saindo com a sensação de que além de estar com a carga em 100% carregada, trouxe comigo um carregador portátil totalmente carregado. A bagagem na volta para casa está recheada de tarefas que me animam muito, seja a realização dos encontros regionais de forma presencial, seja tocar o coletivo nacional de comunicação da juventude”.