Escrito por: Redação CUT
Foram registrados 483 mortes e 29.153 novos casos da doença no período de 24 horas, segundo o consórcio de imprensa
À espera de um plano nacional de vacinação e da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso emergencial da imunização contra o novo coronavírus, o Brasil contabiliza 203.140 mortes e 8.104.823 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. Foram registrados 483 mortes e 29.153 novos casos da doença no período de 24 horas, segundo o consórcio de imprensa.
A Anvisa confirmou neste sábado (9) que a Fiocruz enviou todos os documentos para análise do uso emergencial da vacina contra o coronavírus e cobrou mais dados do Butantan. O posicionamento da agência reguladora foi feito após concluir a triagem inicial dos documentos submetidos pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan para o uso emergencial da vacina contra a Covid-19.
A checagem é uma conferência feita nas primeiras 24 horas para verificar se as informações essenciais sobre eficácia e resultados clínicos estão no processo para análise de uso emergencial pela equipe técnica da Vigilância Sanitária.
De acordo com a triagem feita pelos técnicos, o pedido da Fiocruz traz os documentos preliminares e essenciais para a avaliação detalhada da Agência. A partir de agora, a equipe técnica vai se aprofundar na análise dos dados e informações apresentadas.
Butantan anunciará amanhã eficácia geral da CoronaVac
O Instituto Butantan anunciará nesta terça-feira (12) a taxa eficácia geral da CoronaVac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e testada no Brasil pelo instituto paulista. A divulgação de novos dados da fase 3 dos testes do imunizante foi confirmada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e pelo secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, em entrevistas concedidas na manhã de hoje.
O Butantan apresentou à Anvisa na última sexta-feira (8), o pedido de uso emergencial da CoronaVac. Mas o órgão federal cobrou a submissão de mais dados e informações sobre o imunizante. Ontem, o instituto começou a enviar os documentos pendentes. O prazo previsto pela Anvisa para conceder ou não o registro de emergência é de dez dias.
Antes disso, pesquisadores e especialistas já haviam criticado uma suposta falta de transparência do governo estadual na divulgação dos dados. Eles cobram a divulgação da taxa de eficácia geral do imunizante, que consiste na comparação de quantas pessoas ficaram doentes entre os grupos de vacinados e daqueles que apenas receberam o placebo.
Covid no Brasil e estados
Enquanto a vacina não chega, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos sete dias foi de 1.016, a maior nos últimos cinco meses - desde 10 de agosto. Já em casos da doença, a média móvel nos últimos sete dias foi de 53.250 novos diagnósticos, recorde desde que os dados começaram a ser medidos.
O Brasil, que enfrenta a segunda onda da doença, só está atrás dos EUA, com maior número de mortes por coronavírus no mundo, e é o terceiro em casos, abaixo dos Estados Unidos e da Índia
São Paulo é o estado com mais infecção e mortes. Neste domingo (10) atingiu as marcas de 1.546.132 casos e 48.351 mortes. Minas Gerais é o segundo estado com maior número de infecções pelo coronavírus registradas (592.311 casos, 12.709 mortes), mas o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos contabilizados (460.927 casos e 26.749 mortes).
Belo Horizonte fecha o comércio
A capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, amanheceu com as portas do comércio fechadas nesta segunda-feira (11) para conter o avanço da pandemia. Lojas de rua e de shoppings estão fechadas. A exceção são as atividades consideradas "essenciais", como padarias, supermercados e postos de combustíveis.
O fechamento foi anunciado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) na quarta-feira (6), e oficializado em um decreto, publicado na última sexta-feira (8). As medidas começam a valer a partir desta segunda (11), por tempo indeterminado.
Os dados mais atualizados mostram a situação de alerta na capital mineira, com 83,3% dos leitos de UTI ocupados e 1.938 mortes provocadas pela Covid-19 na cidade. Desde o início da pandemia, já foram notificadas 68.213 confirmações. A capital já teve 1.938 mortes provocadas pelo novo coronavírus.