Escrito por: Redação CUT

Com ômicron e quarta onda avançando no mundo, Brasil passa de 615 mil mortes

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, o Brasil é o segundo país no mundo a alcançar essa triste marca, atrás apenas dos Estados Unidos, que registram mais de 777 mil vidas perdidas

Roberto Parizotti/CUT

No momento em que a Europa enfrenta a quarta onda de Covid-19, a Alemanha decreta  “lockdown para os não vacinados”, e a variante ômicron avança no mundo, o Brasil alcança a triste marca de mais de 615 mil vidas perdidas para o novo voronavírus.

Nesta quinta-feira (2), o país totalizou 615.179 óbitos e 22.118.782 casos de contaminação desde o início da pandemia, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

O Brasil é o segundo país no mundo a alcançar esse número de mortos, está atrás apenas dos Estados Unidos, que registraram mais de 777 mil vidas perdidas desde o início da pandemia, em março do ano passado.

Atualmente, a média móvel diária de mortes no Brasil é de 219 e o país completou ontem o 13º dia consecutivo em que o indicador ficou abaixo de 250 óbitos. Em 24 horas, foram registradas 215 mortes e 12.910 novos infectados.

Mais de 256 milhões de infectados no mundo

A Covid-19 já infectou mais de 256 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. O marco é alcançado 21 meses após o surgimento da doença na cidade de Wuhan, na China. O número de mortos por Covid-19 no mundo já ultrapassou 5 milhões.

Vacinação no Brasil

Em 24 horas, 210 mil pessoas tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid. Quase 667 mil, tomaram a segunda ou a dose única; e 339 mil, a dose de reforço. O total do dia foi de mais de 1,2 milhão de vacinados.

Desde o começo da vacinação, mais de 159 milhões de brasileiros receberam a primeira dose, 74,62% da população.

Estão com a vacinação completa mais de 134 milhões de pessoas - 63,03%.

E mais de 16 milhões tomaram a dose de reforço: 7,87%.

Ômicron no Brasil

Nesta quinta-feira (2), o Ministério da Saúde confirmou mais dois casos da ômicron em Brasília. Com as outras três infecções já detectadas anteriormente em São Paulo, o Brasil registra até o momento cinco pacientes com a nova variante do coronavírus.

Os dois novos casos são de pessoas que estavam em um voo que veio da África do Sul, passou pela Etiópia e aterrissou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo no sábado, 27 de novembro. De Guarulhos, os dois passageiros seguiram para Brasília. Um dos infectados está com sintomas e o outro permanece assintomático. Ambos estão isolados.

O general Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, secretário da Saúde do DF, informou que todos os passageiros do voo Guarulhos-Brasília serão orientadas sobre o que devem fazer, como a testagem e o isolamento.

O Ministério da Saúde também informou que há outros oito casos em investigação: Distrito Federal (6 casos), Rio de Janeiro (1) e em Minas Gerais (1).

A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) Soumya Swaminathan disse que a nova variante ômicron é muito transmissível, mas que as pessoas não devem entrar em pânico.

“Até que ponto devemos ficar preocupados? Precisamos estar preparados e cautelosos, não entrar em pânico, porque estamos em uma situação diferente de um ano atrás”, disse Swaminathan a Reuters.

Alemanha impõe lockdown

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que se afastou do cargo nesta quinta-feira (2), anunciou que a vacinação contra a Covid-19 se tornará obrigatória no país a partir de fevereiro.

O país vai impor por todo o território restrições de contato social para os que ainda não se imunizaram, o que a mídia local está descrevendo como “lockdown para os não vacinados”.

As pessoas não imunizadas serão impedidas entrar em lojas de produtos não-essenciais, com exceção daqueles que se recuperaram do Covid-19 recentemente.

A chanceler também afirmou que boates e clubes terão de fechar se o número de infectados atingir acima de certo limite. A situação do Covid-19 é “muito séria”, avisou, com os casos confirmados em números altíssimos e a vacinação ainda menor que em muitas outras nações europeias.

Áustria foi o primeiro país ocidental a tornar as vacinas obrigatórias recentemente.

A Grécia também afirmou que faria a tomada das doses obrigatórias para pessoas acima de 60 anos.