Escrito por: Redação CUT
Ministério Público do Rio quer saber como o filho do presidente Jair Bolsonaro conseguiu a façanha de comprar à vista um apartamento que não condizia com seus rendimentos como vereador
O Ministério Público do Rio de Janeiro quer saber qual foi a mágica feita pelo filho 02 do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que conseguiu comprar um apartamento de R$ 150 mil quando recebia um salário de R$ 4,5 mil. Era o salário de vereador entre 2001 e 2003, ano em que adquiriu o imóvel. O pagamento foi feito em dinheiro vivo, à vista, não financiado.
Para o MP, a conta não bate. O valor do apartamento é incompatível com o que ele recebia como vereador.
Carlos já é investigado pelo MP pelo esquema das rachadinhas, ‘sistema’ de desvio de salário de funcionários além da contratação de trabalhadores fantasmas nas Câmara do Rio.
De acordo com as investigações, desde 2001, ele empregou 17 pessoas da família de um dos funcionários, segundo reportagem do Jornal O Globo.
A reportagem diz, ainda, que o MP verificou diferenças significativas entre o que Carlos recebeu e o que gastou ao longo de seis mandatos consecutivos.
Outras duas situações são citadas em documentos do MP, além da compra do apartamento, localizado na Barra da Tijuca, na capital fluminense.
Em 2009, zero dois pagou R$ 15,5 mil também em dinheiro vivo para cobrir um prejuízo que teve com investimentos na bolsa de valores.
Outra situação é ele ter declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no ano passado, possuir R$ 20 mil – também dinheiro vivo – guardados em sua casa.
A investigação corre em sigilo na 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro.