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Com Temer, desemprego atinge 12,6 milhões de trabalhadores

Com nova Lei Trabalhista de Temer, as empresas abrem mais vagas de empregos SEM carteira assinada, ou seja, sem direito a férias, FGTS, INSS, seguro-desemprego

Publicado: 29 Dezembro, 2017 - 11h25 | Última modificação: 02 Janeiro, 2018 - 21h21

Escrito por: Marize Muniz

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A taxa de desemprego caiu de 12,6% para 12%, em média, no trimestre de setembro a novembro em relação ao trimestre anterior, de acordo com o IBGE, mas é maior que a registrada no mesmo trimestre do ano passado (11,9%) e o que mais cresceu foi o subemprego.

O número de desempregados no Brasil de setembro a novembro foi de 12,6 milhões de pessoas. Isso representa uma queda de 4,1% em relação ao trimestre anterior (menos 543 mil pessoas). Na comparação com o mesmo período de 2016, porém, são 439 mil pessoas a mais sem emprego, um aumento de 3,6%.

O que mais cresceu foi o número de trabalhadores SEM carteira assinada, que subiu 3,8%, ou seja, mais 411 mil pessoas começaram a trabalhar nos últimos três meses SEM direito a férias, 13º, FGTS, INSS e seguro-desemprego. O número de trabalhadores SEM carteira assinada em todo o Brasil atualmente é de 11,2 milhões. 

A qualidade dos empregos gerados sempre foi a maior preocupação da direção da CUT. Ao criticar a reforma Trabalhista de Temer, que extinguiu mais de 100 itens da CLT, o presidente da CUT, Vagner Freitas, alertava: “tirar direitos não gera emprego, gera miséria”

Vagner também denunciou que o real objetivo dos golpistas com a reforma era “legalizar o bico, a informalidade e o emprego indecente para atender exigência dos empresários que financiaram o golpe em troca do aumento dos lucros”. 

“O que gera emprego”, ressalta Sérgio Nobre, secretário-Geral da CUT, “é uma política de financiamento  sólida para o setor privado, investimentos pesados em infraestrutura”.

Segundo ele, “só com uma política de investimentos em máquinas, ciências, tecnologia e educação o país voltará a crescer”.

A vice-presidente da CUT, Carmen Foro, completa: “em momentos de crise econômica, o país nunca gerou vagas de trabalho reduzindo gastos públicos, em especial com saúde e educação como o golpista está fazendo desde que assumiu, e restringindo ou acabando com políticas sociais”.

Os números de trabalhadores com carteira assinada e por conta própria ficaram estáveis se comparados ao período anterior (de junho a agosto): 33,2 milhões de pessoas com careira assinada e 23 milhões por conta própria. 

Os dados do desemprego divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.

Rendimento

O rendimento real (já descontada a inflação) do trabalhador ficou, em média, em R$ 2.142. Segundo o IBGE, o valor teve estabilidade em relação ao trimestre anterior, de junho a agosto (R$ 2.122), e também quando comparado com o mesmo período de 2.016 (R$ 2.087).