Escrito por: Redação CUT
Com uma morte por minuto, o Brasil bateu mais um triste recorde. Já são 1.473 óbitos registrados nas últimas 24 horas, por coronavírus. No total, mais de 34 mil brasileiros já perderam a vida pela Covid-19 e 61
Com uma morte por minuto, o Brasil bateu mais um triste recorde. Já são 1.473 óbitos registrados nas últimas 24 horas, por coronavírus. No total, mais de 34 mil brasileiros já perderam a vida pela Covid-19 e 614.941 casos foram confirmados até esta sexta-feira (5). Outras 4.159 mortes estão sendo investigadas.
Nesta situação dramática, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta ao Brasil: “ a situação em toda região da América do Sul é "profundamente, profundamente preocupante”.
Neste momento, o Brasil é o terceiro país do mundo com mais mortes pela doença, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, com 107 mil mortes, e o Reino Unido, com quase 40 mil.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, divulgado mais uma vez com três horas de atraso, foram registrados 30.925 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas. O número de pessoas infectadas pode ser maior porque, além da subnotificação, há casos que ainda estão em análise.
O avanço da doença no país ocorre no momento que em alguns estados e municípios, prefeitos e governadores já flexibilizaram o isolamento social e abertura das atividades econômicas.
Além disso, a proliferação do vírus coincide também com os constantes discursos de Jair Bolsonaro (ex-PSL) que defende a reabertura do comércio e das demais atividades econômicas e suas saídas às ruas, sem máscara, onde faz contato direito com seus seguidores, em aglomerações e manifestações antidemocráticas, em Brasília.
Em cinco estados brasileiros mais de 90% de seus leitos de UTI para pacientes de coronavírus estão ocupados, o que coloca novos doentes em risco de ficarem sem vagas.
O estado de São Paulo concentra o maior número de casos confirmados da Covid-19 . São 8.560 óbitos e 129.200 pessoas infectadas pela doença.
O Rio de Janeiro, o segundo estado com maior número de óbitos, registra 6.327 mortes. Na sequência aparecem Ceará (3.813), Pará (3.416) e Pernambuco (3.134
A capital de São Paulo planeja a reabertura das atividades econômicas para 15 de junho.
No Rio, já há um aumento expressivo no trânsito após o afrouxamento da quarentena na cidade, o transporte público também já registrou maior circulação de passageiros ao longo desta semana.
Na manhã desta sexta-feira (5), havia aglomeração na estação do BRT de Mato Alto, na Zona Oeste do Rio, onde os ônibus, cheios, deixavam o local com passageiros em pé.
A abertura gradual das aditividades econômicas no estado preocupa especialistas.
Com mais de dois meses após a confirmação da primeira morte por Covid-19 em Fortaleza, a capital cearense tem um cenário de "lento achatamento da curva", retomada dos setores econômicos e queda na adesão ao distanciamento social.
A reabertura da economia ocorre em um período de queda no número de mortes diárias, mas com ocupação máxima nos leitos de UTI em parte dos hospitais.
A Organização Mundial de Saúde recomenda critérios para flexibilizar o isolamento social. Mas o Brasil ainda não atende alguns deles.
O país, segundo a OMS , deveria fazer testes em massa para identificar os casos e seus contatos, e isolar e tratar a todos, para que os novos casos sejam esporádicos e concentrados em certos lugares, em um nível que não sobrecarregue o sistema de saúde.
Para a organização é preciso proteger ,especialmente, locais mais vulneráveis a surtos, como favelas, por exemplo, tomar medidas para reduzir o risco de transmissão do vírus em locais de trabalho, impedir a importação e exportação de casos e garantir que a população esteja consciente e comprometida com as ações de combate à pandemia.