Escrito por: Redação CUT

Comissão do Congresso vota acréscimo de R$ 50 para lactantes no Bolsa Família

Além dos novo benefício, parlamentares querem fazer mudanças no consignado do BPC e seguro defeso

Lula Marques, Agência Brasil

A Medida Provisória (MP 1164/23), do governo Lula (PT), do programa Bolsa Família, que prevê valor mínimo de R$ 600; o pagamento de R$ 150 reais por criança até seis anos de idade e mais R$ 50 para cada dependente entre 7 e 18 anos e para gestantes, poderá ser modificada para que sejam acrescentados mais R$ 50 para beneficiar mulheres que estão amamentando.

O acréscimo de R$ 50 foi proposto durante a tramitação da MP na Comissão Mista, composta por deputados e senadores. Em seu parecer, o deputado Dr. Francisco (PT-PI) aceitou 43 das 257 emendas apresentadas à medida. Segundo o relator, essa medida terá impacto de R$ 229,67 milhões por ano, o que foi considerado “não substancial” pelo governo.

O texto prevê ainda que os reajustes no valor do benefício do programa serão realizados, no máximo, a cada dois anos. A votação na Comissão Mista do Congresso Nacional está marcada para ter início às 14h30.

Empréstimo consignado para beneficiários do BPC

Dr. Francisco observou que muitas emendas solicitaram a volta da permissão para que beneficiários Benefício de Prestação Continuada (BPC) pudessem contratar empréstimos com desconto em folha de pagamento. “Não julgamos acertada essa permissão, considerando o potencial endividamento dessas famílias devido ao estado de vulnerabilidade em que se encontram”, justificou o relator.

Ainda assim, ele acatou alteração para permitir que o BPC seja usado no empréstimo consignado na margem de 35%, sendo que 30% seriam destinados exclusivamente a empréstimos e financiamentos, e 5% ao pagamento de despesas de cartão de crédito.

Para evitar que a decisão de tomar empréstimos prejudique a liquidez das famílias, uma das preocupações do relator, o parecer prevê que a autorização para os descontos ocorra com um intervalo mínimo de cinco dias úteis.

“Dando prazo necessário para reflexão antes da tomada final da decisão que pode comprometer parcela elevada da renda do indivíduo atendido pelo BPC”, justifica o parlamentar.

Pescadores

Pelo relatório, as famílias que recebem o seguro defeso também passam a ter direito ao Bolsa Família, desde que não acumulem o auxílio com benefício previdenciário.

Caixa Econômica Federal

O relatório reitera a proibição de que as empresas subcontratadas pela Caixa para repasses do Bolsa Família reduzam o valor do benefício com o pretexto de recompor saldos negativos ou de saldar dívidas preexistentes dos beneficiários.

Fonte: Agência Câmara de Notícias