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Comitês de luta da CUT ganha nova frente no Rio Grande do Sul

No Vale do Paranhama, região metropolitana de Porto Alegre, sindicatos de várias categorias se uniram para dialogar com a população sobre a situação do Brasil e dos trabalhadores e sobre o futuro do país

Publicado: 03 Junho, 2022 - 12h13

Escrito por: Redação CUT

Jornal O Coletivo
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Os bancários do Vale do Paranhama, na região metropolitana de Porto Alegre se uniram para criar o primeiro Comitê de Luta da categoria no Rio Grande do Sul. O lançamento, nesta quinta-feira (2), na cidade de Taquara, reuniu, além dos bancários, representantes de outros sindicatos como comerciários, sapateiros e professores, além de movimentos sociais e políticos, que juntos, farão o importante trabalho de diálogo com a sociedade durante o período das eleições, em que se torna ainda mais essencial alertar a população sobre o futuro do Brasil e contra as mentiras espalhadas pelo bolsominions.

Parte de uma estratégia de luta da CUT, os Comitês em Defesa da Classe Trabalhadora, pela Vida e Democracia são um instrumento para mobilizar os trabalhadores para que o Brasil retome o rumo do desenvolvimento, com emprego, renda e justiça social.

E, no lançamento do Comitê na região do Vale do Paranhama, a realidade do Brasil sob o desgoverno de Jair Bolsonaro (PL) foi destacada pelos dirigentes para reforçar a importância da estratégia da CUT.

“Eles não pensam em melhorar a vida do povo, ao contrário, querem cada vez mais lucro para poucos privilegiados”, afirmou o secretário de Administração e Finanças da CUT-RS, Antônio Guntzel.

“Este governo representa o que de pior a humanidade pode produzir: a miséria em um pais rico, a fome em um país como o Brasil, que é fertil e produz para exportar para o mundo todo, o ódio entre as pessoas e a mentira generalizada para enganar o povo”, acrescentou o dirigente.

A ideia, segundo os organizadores do comitê é expandir a ação para outras entidades sindicais formando uma grande força-tarefa, que inclui solidariedade. Os comitês têm também por função arrecadar alimentos para distribuir à população mais vulnerável, que não tem emprego nem renda.

“Precisamos levar estas iniciativas para todos os espaços do movimento sindical, cada entidade deve estimular a formação de comitê e vamos levar daqui, além do exemplo, a vontade de mudar que presenciamos neste encontro, agora é ampliar este movimento e conquistar a vitória”, afirmou a diretora da Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS), Deise Menezes, em referência a derrotar o projeto fascista de Bolsonaro nas urnas e reconstruir o Brasil.

Essa garra e esperança também foi citada por outros sindicalistas. “Podemos voltar a sonhar e ter esperança. Há um movimento forte no Brasil por mudanças e vamos estar juntos na construção dos comitês para garantir Isso”, afirmou Dirceu Alves, presidente do Sindicato dos Sapateiros de Igrejinha, cidade que faz parte de região do Vale do Paranhama.

Nesta linha de ação, o presidente do Sindicato dos Comerciários de Taquara, Adair José da Silva destacou que que ações do comitê terão como meta “levar às categorias as informações, principalmente denunciando aqueles que estão contra os trabalhadores e apontar as candidaturas que são nativas da luta por direitos”.

O foco, dizem os dirigentes é a eleição de outubro, momento em que o Brasil vai decidir que futuro quer para as próximas gerações. As pesquisas de opinião apontam o ex-presidente Lula em primeiro lugar. Segundo o Datafolha, ele tem 48% das intenções de voto – 54% dos votos válidos, o que garantiria a vitória já em primeiro turno. E Lula é a esperança da maioria dos brasileiros para reconstruir o país.

O presidente do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS), Alex Sarate, reforçou que “esta é a eleição de nossas vidas!” E lembrou tempos em que a classe trabalhadora era mais respeitada em governos progressistas.

“Mais de 90% das categorias conquistaram aumentos reais de salário no tempo dos governos Lula e Dilma. Havia um grau de civilidade nas disputas eleitorais entre aqueles que eram diferentes, mas disputavam dentro da democracia. Hoje, a luta é na defesa da democracia. A luta econômica, emprego e combate à fome, são novamente bandeiras de luta, pois voltamos no tempo. Chega de retrocesso”, afirmou o dirigente.

Unidade

A união de forças das várias entidades foi ressaltada pela representante da União Brasileira de Mulheres (UBM-RS), Silvana Maria da Silva, como ponto importante na criação do comitê. Erla afirmou que já e tradição na região somar esforços e o comitê terá essa característica.

“Seguiremos mobilizando principalmente as mulheres trabalhadoras, que foram as mais atingidas por este governo, para mudar os rumos do país e resgatar o estado brasileiro para as mãos de seu povo, o povo trabalhador do Brasil” afirmou Silvana.

Como primeira ação do Comitê, será produzido um material gráfico com informações para subsidiar o diálogo com a população. Os comitês de luta se somam à criação das Brigadas Digitais da CUT que, pelas redes sociais, também tem o importante papel de dialogar com a população sobre o futuro do Brasil, além de combater notícias mentirosas – as fake News – disseminadas pelos apoiadores de Bolsonaro.

Com informações do Jornal O Coletivo