Escrito por: Érica Aragão e Jelber Cedraz
CUT, sindicatos, movimentos sociais, universidades públicas, TV Educativa e midiativismo espalharão as notícias sobre o Fórum Social Mundial nos quatro cantos do Brasil e do mundo
Com objetivo de discutir estratégias para potencializar o debate sobre a crise econômica e política no Brasil antes e depois do golpe de Estado de 2016, que vai acontecer no Fórum Social Mundial (FSM2018), entre os dias 13 e 17 de março, jornalistas e radialistas sindicais, comunicadores populares e a mídia alternativa se reuniram na tarde da última quarta-feira (28), na Biblioteca Universitária de Saúde da UFBA, em Salvador.
A ideia é que todas as notícias e informações do FSM2018 cheguem para o maior número de pessoas, dentro e fora do Estado, no Brasil e no mundo, com o viés da defesa da democracia, dos direitos da classe trabalhadora e de toda a sociedade que vive as consequência de golpe que está tirando direitos sociais e trabalhistas.
BANNERAlém disso, a tarefa dos profissionais que vão integrar a comunicação colaborativa é analisar como o encontro mundial da sociedade civil (FSM2018) será tratado pela mídia; a forma como abordarão os temas debatidos no evento; que narrativa será utilizada e, a partir disso, definir qual o papel das organizações, movimentos sociais, sindicais e, principalmente, o papel da mídia livre na construção da narrativa sem distorção.
A jornalista e membro do Grupo Facilitador do FSM2018, Rita Freira, destacou a importância das mídias livres se organizarem para a cobertura do Fórum. “Sabemos que a mídia de mercado é seletiva e o discurso sobre o FSM será sempre voltado para a verdade da economia mundial. Já a mídia livre terá o papel de combater a narrativa distorcida e parcial da mídia conservadora”.
E nessa disputa de narrativa, os profissionais de comunicação das entidades terão ainda a tarefa de fazer parcerias com jornalistas internacionais para denunciar ao mundo os desmontes do estado brasileiro e a perseguição ao presidente Lula.
“A CUT Bahia, uma das entidades fundadoras do FSM e que representa CUT Brasil na atividade mundial, vem construindo com seus sindicatos a unidade de comunicação do Fórum, na perspectiva de ouvir a voz do povo e entrar no top dos resultados das ferramentas de pesquisas, com maior visualização e acessos nas notícias produzidas durante o FSM; e também ampliar as denúncias dos ataques a democracia e a perseguição ao nosso presidente para todo o mundo”, destacou a secretária de comunicação da CUTBA, Lucivaldina Brito, que ainda destacou:
“Eleição sem Lula é fraude!”, diz a secretaria se referindo ao direito do ex-presidente ser candidato nas eleições deste ano.
Sobre o FSM2018
A 13ª edição do Fórum Social Mundial (FSM 2018) será realizada entre os dias 13 e 17 de março, em Salvador, na Bahia. Com a maior parte das atividades concentradas no Campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O evento contará ainda com atividades em territórios temáticos como o Parque do Abaeté, em Itapuã, e o Parque São Bartolomeu, no Subúrbio Ferroviário da cidade.
Para o reitor da Universidade Federal da Bahia, João Salles, o fórum é um grande momento para o debate sobre a importância das universidades públicas. “Somos um espaço interessado e cheio de significações, portanto queremos e vamos, não só participar como dialogar e debater o papel da universidade pública, gratuita, inclusiva, de fato, e de qualidade”, comentou o reitor.
Segundo o diretor da TVE, Flávio Gonçalves, “ as noticias do FSM na perspectiva do trabalhador e da trabalhadora será um ganho enorme para a sociedade. Além disso, o mais relevante será fortalecer a comunicação pública, ampliando o alcance e a audiência”, explicou Flavio.