Conferência Sindical em Assunção debate golpes parlamentares
Evento promovido pela CUT-A Paraguai e CUT-Brasil terá participação de Lugo
Publicado: 04 Agosto, 2016 - 15h46 | Última modificação: 05 Agosto, 2016 - 22h45
Escrito por: Leonardo Severo
A cidade de Assunção sediará nas próximas terça e quarta-feira, 9 e 10 de agosto, a 5ª Conferência Sindical Internacional “Os golpes parlamentares na região e suas incidências para os trabalhadores”.
Realizado pela Central Unitária de Trabalhadores do Paraguai (CUT-A) e pela CUT-Brasil, o evento será aberto às 18 horas de terça com uma visita das lideranças sindicais, políticas e parlamentares à Barraca da Resistência, erguida em frente ao Palácio de Justiça como marco de solidariedade aos presos políticos de Curuguaty.
Pela manhã, a mesa “A CUT Brasil e o golpe parlamentar, seu impacto nos trabalhadores”, ficará sob responsabilidade de Antonio Lisboa, secretário de Relações Internacionais da Central. O senador e ex-presidente Fernando Lugo falará sobre “O porquê do golpe parlamentar no Paraguai” e o presidente da CUT-A, Bernardo Rojas, abordará “As consequências do golpe para os trabalhadores”.
Os debates da tarde iniciam às 14 horas com a exposição “O governo Lugo e suas relações com o parlamento”, feita pelo senador Miguel Ángel López Perito, seguida do debate “O governo de Cartes e o governo de Lugo: perspectivas para 2018”, com o senador Hugo Richer.
“No caso do Brasil, ao mesmo tempo em que investe contra salários e direitos, o governo golpista tem buscado criminalizar a ação do movimento sindical e social, na tentativa de inviabilizar a capacidade de resistência aos seus inumeráveis desmandos”, declarou Lisboa. O dirigente cutista também condenou as ações do governo interino contra a integração latino-americana e sublinhou acreditar que a “parceria com a CUT-A também potencializará ações em defesa da soberania dos nossos países, fortalecendo os laços que nos irmanam contra administrações que atuam como marionetes do grande capital”.
“Para nós, a sintonia com as lutas do sindicalismo brasileiro e, particularmente, com a experiência cutista, é de suma importância para levar à frente uma agenda de mobilização em defesa de melhores salários e maiores direitos”, declarou o presidente da CUT-A, Bernardo Rojas. Segundo o dirigente paraguaio, os golpes recentes impuseram aos dois países uma agenda regressiva, que alavancou os lucros das grandes empresas com base na superexploração da mão de obra e no corte de recursos do orçamento para as áreas sociais. “Empenhados em reverter este quadro, estamos nos somando, fortalecendo a formação e a integração dos dirigentes de ambos países”, frisou.