Escrito por: Redação CUT*
Em faixas, cartazes o que mais teve foi pedido pelo fim do governo Bolsonaro - e que leve Guedes junto, pediu o povo no Rio - e reivindicações como aprovação do PL da Enfermagem e reajuste do piso do magistério
Milhares de trabalhadores e trabalhadoras foram às ruas do país neste domingo (1º) protestar contra o desemprego, a fome, a miséria, a inflação e o arrocho salarial. Os discursos foram unânimes em todas as cidades: é preciso dar um basta no governo de Jair Bolsonaro (PL), responsável por todas as tragédias do povo e se unir para impedir sua reeleição, cada vez mais dificil segundo as pesquisas de intenção de votos que colocam o ex-presidente Lula na lliderança pela presidência da República nas eleições de outubro deste ano.
Teve reivindicação por emprego decente, protesto contra corrupção no Ministério da Educação (MEC) e pelo pagamento do reajuste do piso do magistério de 33,24% em estados como Minas Gerais, onde o governador Romeu Zema (Novo) não quer pagar nem negociar com os professores e professoras. Teve ainda reivindicação pela aprovação do PL da Enfermagem que está tramitando no Congresso Nacional há dois anos e muitas outras pautas e críticas a miséria em que o povo foi jogado desde o golpe de 2016 que destituiu a presiddenta Dilma Rousseff (PT).
Confira como foram os atos:
Em Salvador, o Farol da Barra ficou pequeno para a multidão que compareceu para o ato político-cultural de 1º de Maio, que teve shows shoe de nomes como Margareth Menezes e Jau, e muitos discursos contra Bolsonaro e a favor da eleição de Lula para mudar os rumos do Brasil, acabar com a fome e a miséria e gerar emprego decente.
Alfredo Santos Jr
“Neste domingo, 1º de Maio, estamos reunidos num grande ato para mostrar ao País que a classe trabalhadora quer o Brasil com outro rumo, um Brasil com emprego, com desenvolvimento, com salário, direitos, respeito à democracia e à soberania”, pontuou o presidente da CUT-PE, Paulo Rocha.
Entre críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL) e apoia a pré-candidatura do ex-presidente Lula (PT), sindicalistas, parlamentares e a população circularam pela praça, a maioria com camisetas vermelhas com bandeiras de partidos políticos ou cartazes irônicos – como era em 2016 e como é hoje - sobre os efeitos do golpes que destituiu a presidenta Dilma Rousseff na vida da população.
ECOS ComunicaçãoNo Rio de Janeiro, o Aterro do Flamengo, na Zona Sul da capital fluminense, milhares de trabalhadores, trabalhadoras se uniram a políticos para um ato em defesa da pauta da classe trabalhadora e também sobre a importância de eleger Lula em outubro para recuperar direitos e uma vida digna.
As faixas e cartazes também pediam a saída do atual presidente e do ministro da Economia, Paulo Guedes, que em três ano e cinco meses de governo não apresentou uma proposta sequer de desenvolvimento do país com geração de emrpego e renda. Tudo que ele apresernta, como a carterira verde e amarela, é para tirar direitos.
Teve protesto também contra a ditatura que Bolsonaro e seus seguidores costumam elogiar e contra o trabalho escravo.
Entre os políticos, participam do ato no Rio políticos como a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), o vereador Lindbergh Farias (PT), e deputado federal Marcelo Freixo (PSB), candidato ao governo do Rio.
Tatiane Cardoso
Em Fortaleza, milhares de trabalhadores e trabalhadoras foram as ruas da capital cearense com faixas e cartazes exigindo emprego decente, direitos sociais e trabalhistas, democracia e vida e protestando contra o governro Bolsonaro, um dos que mais ataca os direitos sociais e trabalhistas em toda a história do Brasil.
No final da caminhada, que saiu da Areninha do Bairro Pirambu, o presidente da CUT-CE, Will Pereira, falou sobre as pautas que a classe trabalhadora levou às ruas neste 1º de Maio e uma das priopridades é o PL da Enfermagem.
"Nós estamos colocando primeiro em pauta a aprovação do piso dos enfermeiros, que deve ser votado na Câmara dos Deputados no próximo dia 4”, disse o dirigente, acresentando outras pautas importantes como a revogação das leis aprovadas no governo de Jair Bolsonaro (PL), como a reforma da Previdência, e no governo do ilegítimo Michel Temer (MDB), como a reforma Trabalhista, que não geraram empregos e, sim, informalidade e miséria.
“Pergunto onde estão os empregos que tanto o Paulo Guedes prometeu?”, questionou o dirigente, que em seguida, respondeu: “Nós não estamos vendo isso. Queremos a revogação da reforma trabalhista e queremos emprego mais do que urgente".
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José Guimarães
Além da pauta geral por direitos e emprego decente, teve protesto contra o "Bolsolão do Busão”, em referência aos desvios de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para compra superfaturada de ônibus escolares para o Programa Caminho da Escola.
Faixas e cartazes também exigiam o pagamento do piso nacional do magistério, de 33,24%, que o governo de Romeu Zema (Novo) se recusa a pagar. Teve ainda uma feira do Movimento Sem Terra (MST) e e atos culturais.
Em Natal, os trabalhadores saíram em passeata da Praça das Flores e foram até a Praia do meio, com faixas e cartazes contra o governo Bolsonaro e debatendo com a população sobre a pauta da classe trabalhadora, que inclui direitos, salário decente, empregos e políticas sociais que melhorem a vida do povo mais pobre do país.
Em Goiânia, representantes da CUT e demais centrais, movimentos sociais e populares, além de partidos políticos fizeram discursos em defesa da democracia e em apoio à candidatura de Lula, o representante da classe trabalhadora.
Mas teve também teve shows, livros, pula-pula, com pinturas de rosto, picolé, pipoca e algodão doce para as crianças, barraca da saúde aferindo pressão, saturação do oxigênio no sangue e testes para HIV. Além disso, profissionais da beleza passam o dia todo atendendo aos interessados em cortes de cabelo.
Em Belém, o Fórum das Centrais Sindicais no Pará, que reune CUT, CTB, Nova Central, UGT e Intersindical, entre outras, realizou um ato-show, na Praça da República, com os lemas em defesa de “emprego, direitos, democracia e vida”, No palco montado, teve shows de Félix Robatto, Paulinho Mururé e Arraial do Pavulagem, e também discursos de lideranças sociais e políticas, como o senador Paulo Rocha (PT), que defendeu os direitos trabalhistas e a eleições de Lula.
CUT-PA
“Estamos aqui hoje na comunidade Bola na Rede, com uma ação solidária, fruto de parcerias com as centrais sindicais para chamar atenção dos poderes públicos para esta parcela da população que ficou esquecida pelo governo, que vem sofrendo com ataques, perdas e descaso. Precisamos mudar e este é o ano para isto, mudar o governo e dar esperança ao país”, disse Tião Santos, presidente da CUT-PB.
CUT-PBEm Aracaju, o 1º de Maio, organizado pela CUT e demais centrais sindicais, além de movimentos sociais e políticos, teve caminhada da Praça Ulisses Guimarães, no Bairro Santos Dumont, até mo Bairro Bugio. Os manifestantes protestam contra o governo de Jair Bolsonaro e a favor dos direitos, emprego e da democracia.
Em Florianópolis, cerca de mil trabalhadores e trabalhadoras se reuniram no ato de 1° de maio em defesa dos direitos, da democracia, da vida e pelo fim do governo Bolsonaro. Por meio da cultura, com apresentações do grupo Africatarina, do músico Toni Dias e com uma batalha de rap, o ato mandou o recado que não aguenta mais esse governo.
Nós estamos aqui porque queremos o fim desse governo que só traz miséria, desemprego e fome para o povo. Este ano temos a oportunidade de eleger um governo que represente a classe trabalhadora e que vai voltar a trazer esperança para esse país", disse a presidenta da CUT-SC, Anna Júlia Rodrigues.
Pricila Baade/ CUT-SC
*Matéria atualizada às 17h