Escrito por: Redação CUT
Portal CUT relacionou recomendações básicas para que os encontros de Natal e Ano Novo não se transformem em aglomerações que podem contribuir com o aumento de casos de Covid-19 no Brasil
Chegou dezembro, época de férias e festas que costumam reunir muitas pessoas em torno da ceia de Natal, no Réveillon, nas reuniões de família e nas festas na firma. São momentos importantes para a vida de todos e todas, para renovar energias, confraternizar, buscar a paz em meio a tantas tragédias vividas durante o ano, mas a pandemia não acabou, o Brasil é o segundo país com mais mortes, e a variante ômicron está se espalhando pelo mundo. É tempo, portanto, de se prevenir, evitar aglomerações e se cuidar para não contrair o vírus nem contaminar os amigos e familiares.
Todos lembram que após as festas de fim de ano e das férias no final de 2020, o Brasil viveu um de piores momentos da crise sanitária. Especialistas afirmam que a explosão de casos teve com causa as aglomerações em festas e nas férias. A Fundação Osvaldo Cruz (FioCruz) já alertou que é importante reforçar a atenção com os níveis de transmissão por causa das festas e das férias.
Os pesquisadores da fundação afirmam no boletim que, nesta época, autoridades podem tomar medidas de flexibilização baseadas em números (notificações) de casos, o que para eles, é um erro, já que esses dados podem apresentar distorções como atrasos.
Pensando em minimizar os riscos de contágio e orientar trabalhadores e trabalhadoras os especialistas dão algumas dicas. A Fiocruz elaborou uma cartilha com recomendações fundamentais sobre como escolher o local certo para fazer os eventos.
1 – Uso de Máscaras
Antes de mais nada, vale lembrar que o contágio é potencializado quando pessoas conversam muito próximas umas das outras, sem o uso de máscara. Portanto, a ‘regra’ principal é cuidar para que todos estejam usando máscaras, manuseá-la corretamente na hora de comer, retirando o equipamento pelos elásticos e acondicionando-o em um saquinho.
É importante levar na bolsa ou no bolso máscaras reservas para trocas ao longo do período. O ideal é trocar a máscara a cada duas horas.
2 – Sobre o local é importante:
Se o evento foi organizado em jardins, no quintal ou em praias as recomendações são as mesmas em relação aos cuidados, mas por ser espaço aberto, as condições de ventilação contribuem para reduzir o risco de contágio.
3 – Distanciamento social
Se a festa for organizada para acontecer em ambientes menores, é prudente diminuir o número de participantes para que haja o distanciamento necessário (mínimo de 1,5m) e manter portas e janelas abertas o máximo possível para que haja circulação do ar.
4- Vacina
A recomendação da Fiocruz é que todos deem prioridade à vacinação, inclusive com a dose de reforço que aumenta a resposta do organismo ao vírus. Mas nem sempre é possível saber se todas as pessoas se imunizaram, portanto, é preciso tomar alguns cuidados, como:
5 – Quem deve evitar eventos
Devem evitar os eventos, segundo a Fiocruz:
6- Outras recomendações
7 - Fora de Casa
Para aqueles que forem realizar ou participar de confraternizações de fim de ano em buffets ou restaurantes, os cuidados permanecem. É recomendado conhecer antes o local para verificar se há condições necessárias para a segurança e, uma vez no evento, garantir que todas as recomendações acima também sejam seguidas.
8 – Principal arma contra a Covid-19
É importante saber que, combinada com os protocolos de segurança recomendados para evitar o contágio, a vacina é a principal arma contra o coronavírus. Ela cria uma barreira de proteção no organismo do imunizado aumentando significativamente as chances de o vírus não evoluir para as formas mais graves da Covid-19.
O efeito da imunização, em geral, se dá após duas semanas da vacinação, por isso especialistas recomendam a quem participar das festas e encontros para se vacine ao menos 14 dias antes.
O psicanalista e professor da USP, Christian Dunker, recomenda que é importante haver um diálogo entre a família para combinar a organização da festa de fim de ano.
“Antes de sair para se reunir na casa de algum parente, é preciso que todos negociem e concordem com determinados comportamentos, que levem em conta que há pessoas que têm uma relação de risco da Covid mais potencial do que outras’, diz Dunker.
Por isso, ele prossegue, uma “negociação geral, de produção de alguns consensos, é crucial para que não haja constrangimento daqueles que têm menor poder de voto, de fala, dentro da família e eles sintam que é arriscado ir a essas reuniões e simplesmente faltarão às comemorações”.