Confira os 12 governadores eleitos no 2º turno, neste domingo (30)

Em 12 unidades da federação houve disputa no segundo turno, neste domingo (30), para governador do estado.

Dos eleitos, 3 são do PSB: Renato Casagrande, do Espírito Santo, João Azevedo, da Paraíba e Fábio Mitidieri, de Sergipe.

Outros 3 são do PSDB: Eduardo Riedel (PSDB), do Mato Grosso do Sul, Raquel Lyra, de Pernambuco, Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul.

Dois são do União Brasil: Wilson Lima, do Amazonas, e Coronel Marcos Rocha, de Rondônia.

Os demais partidos que disputaram o segundo turno elegeram 1 candidato cada: o PT elegeu Jerônimo Rodrigues, na Bahia; o MDB elegeu Paulo Dantas, em Alagoas; o Republicanos elegeu Tarcísio de Freitas em São Paulo; e o PL elegeu Jorginho Mello, em Santa Catarina.

Confira os resultados.

Alagoas

Paulo Dantas (MDB)

Paulo Dantas (MDB), 43 anos, que assumiu o governo do estado quando Renan Filho deixou o cargo para disputar uma vaga no Senado, foi reeleito com 824.278 (52,33%) dos votos válidos. O perdedor é Rodrigo Cunha (União Brasil), aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Cunha teve 759.984 (47,67%) dos votos válidos.  

Natural de Maceió (AL), Paulo Dantas é administrador de empresas formado pelo Centro Universitário Cesmac. Em 2018, foi eleito deputado estadual de Alagoas.

A vida política de Paulo Dantas começou em 2004, quando foi eleito prefeito de Batalha (AL) e, tendo alcançado a reeleição em 2008. Foi reeleito este ano ao governo alagoano pela coligação Alagoas Daqui pra Melhor (MDB/Federação Brasil da Esperança – FE Brasil/PDT/PSC/Pode/Solidariedade). Seu vice é o atual vice-prefeito de Maceió, Ronaldo Lessa.

Amazonas

Wilson Lima (União Brasil)

Wilson Miranda Lima (União Brasil), 46 anos, aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), foi reeleito com 1.039.192 56,65%) dos votos válidos.

Em segundo lugar ficou o senador Eduardo Braga (MDB), com 795.098 (43,35%) dos votos válidos.

Wilson estava a frente do governo quando dezenas de pacientes com Covid-19 morreram no estado por falta de oxigênio. Ele concorreu à reeleição pela coligação Aqui é Trabalho (Republicanos/PP/PTB/PSC/PL /PRTB/PMN/União/Patriota/Avante).

Bahia

Jerônimo Rodrigues (PT)

Jerônimo Rodrigues (PT), indígena, natural de Aiquara (BA), tem 57 anos, engenheiro agrônomo e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) venceu sua primeira eleição de virada. Ele que passou quase o primeiro turno em segundo lugar, atrás do prefeito de Salvador ACM Neto, surpreendeu e terminou o 1º turno em primeiro lugar. Neste domingo, venceu com 4.480464  (52,79%)  dos votos válidos e será o terceiro governador do PT seguido no Estado.

ACM Neto teve 4.007.023 (47,21%) dos votos válidos.  

Jerônimo já ocupou o cargo de assessor da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, secretário executivo adjunto do Ministério do Desenvolvimento Agrário, secretário nacional do Desenvolvimento Territorial, secretário executivo do Programa Pró Territórios/Cumbre Ibero Americana, assessor especial do ministro do Desenvolvimento Agrário e secretário estadual de Educação da Bahia.

Foi eleito governador do estado pela coligação Pela Bahia, Pelo Brasil (Federação Brasil da Esperança – FE Brasil/PSB/PSD/Avante/MDB). Seu vice é o atual vereador de Salvador Geraldo Júnior.

Espírito Santo

Renato Casagrande (PSB)

Esta é a terceira vez que José Renato Casagrande (PSB), 61 anos, é eleito ao governo do estado. Ele teve 1.282.145 (58,04%) dos votos válidos, contra 1.006.021(46,20%) do seu opositor Manato (PL).

Casagrande é engenheiro florestal e bacharel em Direito. Foi governador capixaba em 2010, mas não se reelegeu em 2014. Em 2018, foi escolhido novamente para o cargo e, agora, reeleito. Concorreu neste pleito pela coligação Juntos por um Espírito Santo mais Forte (MDB/PP/Pros/PSB/Pode/Federação Brasil da Esperança/Federação PSDB Cidadania/PDT). Seu vice é o ex-senador Ricardo Ferraço (PSDB).

Mato Grosso do Sul

Eduardo Riedel (PSDB)

Eduardo Correia Riedel (PSDB), 53 anos, foi eleito com 808.210 (56.90%) dos votos válidos. Em segundo lugar ficou o bolsonarista Capitão Contar (PRTB), com 612.113 (43,10%) dos votos válidos.

Riedel é empresário e nasceu no Rio de Janeiro (RJ). Ele concorreu pela coligação Trabalhando por um novo futuro (Federação PSDB Cidadania/Republicanos/PP/PSB/PL/PDT). Seu vice é José Carlos Barbosa (PP), de 58 anos, advogado e deputado estadual eleito em 2018.

Paraíba

João Azevêdo (PSB)

João Azevêdo Lins Filho (PSB), 69 anos, foi reeleito com 1.221.904 (52,51%) dos votos válidos. EM segundo lugar ficou Pedro Cunha Lia (PSDB), com 1.104.963 (47,49%) dos votos válidos.

Azevêdo Filho nasceu em João Pessoa (PB) e, atualmente, é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), professor aposentado do Instituto Federal do estado (IFPB) e já atuou como diretor da Divisão de Planejamento Habitacional do IPEP, chefe da Assessoria de Planejamento Econômico da Urban, secretário de Serviços Urbanos de João Pessoa e secretário estadual da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, entre outros.

Concorreu à reeleição pela coligação Juntos pela Paraíba (PSB/Agir/PP/Avante/PMN/PSD/Solidariedade/Pode/Republicanos/Patriota/Pros). Seu vice é Lucas Ribeiro.

Pernambuco

Raquel Lyra (PSDB)

Raquel Lyra venceu com 3.113.415 (58,70%) dos votos válidos. Em segundo lugar ficou Marília Arraes (Solidariedade), que havia liderado grande parte da disputa no primeiro turno, com 2.190.264 (41,30%) dos votos válidos.

Raquel é advogada com pós-graduação em Direito Econômico e de Empresas, tem 43 anos, e é ex-prefeita de Caruaru, sua cidade natal. Deixou o mandato para concorrer ao governo de Pernambuco (PE) pelo PSDB. Lyra já foi delegada da Polícia Federal, chefe da Procuradoria de Apoio Jurídico e Legislativo do governo de Eduardo Campos e deputada estadual por dois mandatos consecutivos, sendo eleita em 2010 e reeleita em 2014. Elegeu-se prefeita de Caruaru em 2016 e conseguiu a reeleição em 2020. Nas Eleições 2022, concorreu pela coligação Pernambuco Quer Mudar (Federação PSDB Cidadania/PRTB). Tem como candidata a vice Priscila Krause (Cidadania).

Rio Grande do Sul

Eduardo Leite (PSDB)

Eduardo Leite, tem 37 anos, foi reeleito governador do Rio Grande do Sul, com 3.687.126 (57,12%) dos votos válidos. O perdedor é o bolsonarista Onyx Lorenzoni, que liderou as pesquisas de intenções de voto no primeiro turno. Onyx teve 2.767.786 (42,88%) dos votos válidos.

Leite foi prefeito de Pelotas, se candidatou pela coligação Um Só Rio Grande (Federação PSDB Cidadania/MDB/PSD/Pode/União). Ele havia renunciado ao cargo de governador em março deste ano para concorrer à Presidência da República, mas desistiu após perder as prévias do partido.

Rondônia

Coronel Marcos Rocha (União Brasil)

Natural da cidade do Rio de Janeiro (RJ), Marcos José Rocha dos Santos (União), casado, 54 anos, foi eleito com 458.370 (52,47%) dos votos válidos. Em segundo lugar ficou o bolsonarista Marcos Rogério (PL), com 415.278 (47,53%) dos votos válidos.

O Coronel Marcos Rocha concorreu pela coligação Compromisso, Trabalho e Fé (União/Republicanos/Avante/MDB/Patriota/PSC/Federação PSDB – Cidadania).

Santa Catarina

Jorginho Mello (PL)

O bolsonarista Jorginho Mello (PL) foi eleito com 2.983.949 (70,69%) dos votos válidos. Em segundo lugar, Décio Lima (PT), que surpreendeu no 1º turno indo para o segundo turno da disputa em um estado de maioria conservadora. Décio teve 1.237.016 (29,31%) dos votos válidos.

Mello é senador por Santa Catarina. Foi deputado federal pelo estado de 2011 a 2019 e concorreu ao governo catarinense pelo Partido Liberal de forma isolada.

São Paulo

Tarcísio de Freitas (Republicanos)

O bolsonarista Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), 47 anos, foi eleito governador de SP, com 13.480.643 (55,27%) dos votos válidos. Seu oponente, Fernando Haddad (PT), teve 10.909.371 (44,74%) dos votos válidos.

Tarcísio é engenheiro e servidor público federal. Natural do Rio de Janeiro (RJ), foi ministro da Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro e chefe da seção técnica da Companhia de Engenharia do Brasil durante a Missão das Nações Unidas (ONU) para a estabilização no Haiti (Minustah). Foi eleito governador de São Paulo pela coligação São Paulo Pode Mais (Republicanos/PL/PSD/PTB/PSC/PMN).

Sergipe

Fábio Mitidieri (PSD)

Administrador de empresas, Fábio Cruz Mitidieri (PSD), 45 anos, foi eleito governador com 623.851 (51,50%) dos votos válidos. Em segundo lugar ficou Rogério Carvalho (PT), que vinha liderando as pesquisas de intenções de voto, com 582.940 (48,30%) dos votos válidos.

Mitidieri foi deputado federal por dois mandatos, eleito em 2014 e em 2018. Também foi vereador de Aracaju (SE), sua cidade natal. Ainda na capital sergipana, ocupou os cargos de secretário municipal de Esportes e de estado de Trabalho. Em 2022, concorreu ao governo de Sergipe pela coligação Novo Tempo pra Sergipe (PDT/PSC/União/Republicanos/PP/PSD/Avante).